São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 1994
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Fifa dá ponto extra para as vitórias

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Empatar jogos não vai ser negócio nesta Copa do Mundo. Nos EUA, as vitórias vão valer três pontos e não mais dois, como nas primeiras 14 Copas, do Uruguai-30 à Itália-90.
A medida visa impedir que times passem para a segunda fase sem vitórias. Isso aconteceu com a Itália em 82 –que depois foi campeã– e Irlanda na última Copa. Ambas classificaram-se com três empates.
A Irlanda é o pior dos casos. Na primeira fase, fez apenas um gol. Acabou a Copa em oitavo lugar, com nenhuma vitória e dois gols marcados em cinco jogos.
Na Copa da Itália, registrou-se a menor média de gols de toda a história das Copas –2,2 por partida. Pela primeira vez numa final, o derrotado não marcou gols. Pior, o jogo foi 1 a 0, gol de pênalti –duvidoso.
Por isso, nesta Copa, uma vitória vale por três empates e não mais por dois.
A Fifa espera que essa medida estimule o futebol ofensivo e aumente o número de vagas indefinidas até os jogos da última rodada da primeira fase, disputados entre 26 e 30 de junho.
O raciocínio é que com mais pontos em disputa em relação à pontuação das primeiras rodadas, há uma gama maior de combinação de resultados e portanto mais emoção.
Para esta Copa, foram adotadas outras modificações. Todos os reservas poderão ficar no banco à disposição para entrar durante o jogo.
Faltas por trás serão punidas com expulsão e o goleiro reserva poderá entrar, por expulsão ou contusão do titular, mesmo que já tenham sido feitas as duas substituições.
As mudanças foram tímidas, dadas as pressões pela renovação das regras. Algumas outras, como a cobrança do lateral com os pés, podem ser anunciadas no final da competição.
Uma das novas recomendações da Fifa, pelo menos, significa risco para o desempenho da seleção brasileira.
Os zagueiros Ricardo Gomes e Ricardo Rocha, o lateral Branco e o volante Dunga têm o hábito de atingir ou dar carrinhos em adversários por trás. Na Copa, isso provoca expulsão.
Mas a regra que pode fazer a diferença entre esta Copa e a última já foi adotada no futebol internacional. A proibição dos goleiros de pegarem bolas recuadas.

LEIA MAIS sobre as propostas de regras no futebol na pág. 11

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