São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 1994 |
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O PÊNALTI
MARCELO DAMATO
O jogo valia pelas quartas-de-final. O Brasil, dirigido pelo técnico Telê Santana, havia tido um começo titubeante. Vencera a Espanha na estréia –com a ajuda do juiz– e a Argélia no segundo jogo, sempre pelo placar mínimo (1 x 0). No último jogo da fase de classificação, fez 3 x 0 sobre a Irlanda do Norte. Nas oitavas-de-final, a melhor apresentação: 4 x 0 sobre a Polônia. Contra a França, Careca marcou logo no início do primeiro tempo. Na etapa final, o meia Platini empatou. No fim do jogo, o então jovem lateral-esquerdo Branco penetrou na área francesa e foi derrubado. Zico, que entrara poucos minutos antes e vinha de uma contusão, cobrou. O goleiro Bats defendeu. Na prorrogação, os dois times criaram chances, mas ninguém marcou. Vieram os pênaltis. Sócrates, que se esquivara de cobrar o pênalti no tempo regulamentar, foi o primeiro a chutar –e perdeu. Ainda na primeira série, Platini perdeu uma cobrança, permitindo o empate brasileiro. No penúltimo chute francês, a bola bateu na trave, nas costa de Carlos e entrou. O juiz validouo gol. Houve protestos de que o fato de a bola ter batido em Carlos configuraria uma segunda finalização. A interpretação do juiz, que prevaleceu, é a de que houve apenas uma finalização, com dois desvios –trave e goleiro. Júlio César ainda mandaria o seu chute –o sexto do Brasil– na trave e o volante Fernandez selaria a vitória francesa. (MD) Texto Anterior: Copa faz campanha por jogo limpo Próximo Texto: Juiz tem poder de rei dentro de campo Índice |
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