São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 1994 |
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Moeda de real mudará hábito dos brasileiros Centavos vão valer muito a partir do dia 1º de julho ELVIRA LOBATO
Segundo o Banco Central, as moedas fortes do real induzirão os consumidores a uma verdadeira revolução de hábitos. Vistas hoje como um estorvo, as 3,8 bilhões de moedas em circulação no país de cruzeiros e cruzeiros reais serão substituídas por 800 milhões de moedas de R$ 0,01, R$ 0,05, R$ 0,10, US$ 0,50 e R$ 1,00. A maior moeda hoje em circulação, de CR$ 100,00, não dá para comprar um pão francês, que ontem era vendido a CR$ 106,00 na rede de supermercados Pão de Açúcar. A nova moeda de R$ 0,50 será suficiente para comprar dez pãezinhos, se os supermercados mantiverem o preço do produto equivalente em URV. A menor moeda que estará em circulação a partir de julho (R$ 0,01) servirá apenas para troco, mas seu uso será intenso. As tabelas de preços usadas pelas farmácias já estão em URV e mostram que a maioria dos 82 mil ítens fornecidos pela indústria terá preços com centavos. Um dos produtos mais vendidos pelas farmácias do centro de São Paulo é a magnésia bisurada, contra azia. A cartela com oito pastilhas custa 0,76 URV, o que significa que deverá custar R$ 0,76. A longa convivência com inflação alta fez o brasileiro desprezar as moedas como meio de pagamento. Segundo o chefe do Meio Circulante do Banco Central, Antônio Carlos Meda, existem no mercado, praticamente ignoradas pela população, 2,4 bilhões de moedas de cruzeiros (anterior ao cruzeiro real, quando foram cortados três zeros, em 93). Estão praticamente sem uso 1,3 bilhão moedas de Cr$ 10,00; 210 milhões de Cr$ 50,00; 565 milhões de Cr$ 100,00 e 349 milhões de Cr$ 500,00. Pelos cálculos do Banco Central, só as as moedas de Cr$ 1.000, CR$ 5, CR$ 10, CR$ 50, e CR$ 100, ainda são utilizadas. Existem 1,3 bilhão destas moedas em circulação, mas seu uso também é pequeno. Texto Anterior: Hoje, as moedas são desprezadas Próximo Texto: Saldos continuam sendo corrigidos pela TR do dia 10 Índice |
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