São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 1994 |
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Para especialista, temperatura cai
MAURICIO STYCER
Na última sexta-feira, a temperatura máxima na região foi de 37,7º Celsius –caindo, abruptamente, no sábado para 15,5º C. Em entrevista exclusiva à Folha, o meteorologista Ed Gardner, 40, explicou esse "clima louco". "Essas mudanças abruptas são normais nessa região". Gardner disse acreditar que a temperatura em Stanford na próxima segunda-feira, dia do jogo Brasil e Rússia, ficará em torno de 26º C. e 30º C. Segundo Gardner, ainda não se trata de uma previsão científica, mas de uma expectativa em relação aos padrões meteorológicos da região nesta época do ano. "Não vejo nada acontecendo, até agora, que possa deixar a temperatura na semana que vem tão alta como a da semana passada", disse Gardner. A máxima de 37,7º C no final na sexta-feira se explica por uma corrente de vento que veio da região Nordeste, desértica. "Quando fica seco, a temperatura tende a subir", disse. O equilíbrio da temperatura em torno dos 25º C, o ideal segundo Gardner para uma partida de futebol nesta época do ano, vai ocorrer se a região do estádio for atingida ao mesmo tempo por ventos do Nordeste e do Noroeste (mar). O meteorologista diz que acha "suportável" os jogadores disputarem uma partida até sob uma temperatura de 30º. Gardner prevê para os próximos três dias temperaturas máximas em torno de 24º C. "Se subir novamente para 37º C, vai ser por no máximo três dias", disse. Em Fresno, onde o Brasil jogou domingo contra El Salvador no domingo, a temperatura chegou a 40º C. Isso se explica, segundo Gardner, pelo fato de a cidade ficar ainda mais no interior do que Palo Alto ou Los Gatos. "Imagino o quanto eles sofreram em Fresno", disse Gardner. No deserto, segundo o meteorologista, a temperatura nesta época do ano pode chegar a 48º C. (MSy) Texto Anterior: Folha distribuirá álbum do Zé Carioca Próximo Texto: Alemães aumentam fase de descanso Índice |
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