São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 1994 |
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Polícia prende mais 2 suspeitos em Taboão
DANIEL CASTRO
Nailton Nascimento de Oliveira, 23, e Nelson Fernandes Tavares de Lima, 22, foram autuados em flagrante com uma pistola automática calibre 380. Uma das armas da chacina era igual à apreendida pela polícia com os suspeitos. A pistola foi enviada para exame de balística, que pode confirmar ou não se foi a mesma usada no crime. Oliveira e Lima, que negaram participação na chacina, tiveraram prisão preventiva decretada ontem à tarde pela Justiça. Os dois suspeitos não possuem ficha criminal, mas a polícia suspeita que eles sejam assaltantes. A pistola que usavam estava carregada e não tinha registro. Com Oliveira e Lima, já somam seis os suspeitos presos desde domingo. Um é tido como suposto traficante e os outros três são feirantes acusados de participarem de grupos de extermínio. A Polícia Civil de Taboão da Serra ainda trabalha com duas "frentes de investigação". Uma apura o envolvimento de traficantes e a outra, de "matadores". A única certeza dos policiais é de que a chacina foi uma "queima de arquivo". Três das 12 pessoas mortas foram testemunhas de um duplo homicídio em 17 de abril. No crime de abril, foi assassinada Maria Zilda Guarani, apontada como microtraficante. Seu irmão, Paulo Guarani, teria visto o crime. Ele foi morto na chacina. A sobrevivente Dolores Gabriela Jorgino, 30, está desaparecida. A polícia acredita que ela esteja escondida na casa de parentes. Dolores teria saído de casa uma hora antes da chacina. As 12 pessoas foram mortas em uma mesma casa, com tiros na cabeça. Texto Anterior: PARA ENTENDER O CASO Próximo Texto: Senado altera Código Penal e autoriza "espionagem" Índice |
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