São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 1994
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Gerentes de cinemas desaprovam lei que prevê numeração de cadeiras

DA REPORTAGEM LOCAL

Gerentes de cinema ouvidos pela Folha prevêem que a numeração das cadeiras trará dificuldades para o cinema e o público.
A numeração foi determinada por lei do vereador José Mentor (PT), aprovada anteontem pela Câmara. Ela ainda precisa ser aprovada pelo prefeito Paulo Maluf.
"Nós vamos ter problemas com certeza. Vender cadeiras numeradas no teatro, que só tem uma sessão, é fácil, mas no cinema, com quatro sessões, é bem mais difícil", diz Luiz Alberto Zakir, gerente do Cinesesc.
Ele lembra também que as pessoas que chegarem atrasadas no filme, não poderão assistir o começo dele na outra sessão, como é comum em São Paulo.
Na mesma linha, Isabela Santiago, coordenadora de produções do Espaço Banco Nacional de Cinema, lembra que "é hábito a pessoa chegar atrasada e assistir o começo do filme na outra sessão".
"O cinema poderá reservar cadeiras para os atrasados", diz o autor da lei. "Elas não seriam vendidas na sessão seguinte."
A lei também exige a numeração dos lugares em teatros, casas de espetáculo, estádios de futebol e ginásios de esporte.
Segundo Luis Afonso de Andrade, da administração do estádio municipal do Pacaembu, a numeração do estádio já estava sendo preparada antes da lei ser aprovada. "A numeração está sendo exigida pela Fifa (Federação Internacional de Futebol) para a realização de jogos internacionais", diz ele, que aprova a medida. "Será mais confortável para o público e evitará a evasão da renda", diz.

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