São Paulo, sábado, 18 de junho de 1994 |
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Renovação é maior no Senado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Ao contrário da Câmara, as eleições deste ano devem mudar bastante a composição do Senado. Dos 55 parlamentares cujo mandato termina neste ano, apenas 22 tentarão se reeleger.A composição total da Casa é de 81 senadores. A cada quatro anos, o Senado se renova parcialmente –1/3 ou 2/3. A eleição deste ano é para 2/3 da Casa. Mesmo entre os 26 que têm mandato até 99, há candidatos. Sete estão disputando governos estaduais e dois a Vice-Presidência da República. Se eleitos, cedem a vaga para os suplentes. Se não, voltam para o Senado. A decepção com a política é apontada como principal responsável pelo afastamento de 11 senadores da vida pública a partir do próximo ano. Ronan Tito (PMDB-MG), presidente da CPI da Evasão Fiscal e um dos autores do Estatuto da Criança e do Adolescente, disse que se sente mais útil cuidando de gado e plantando arroz do que legislando no Congresso. A desistência de José Richa (PSDB-PR) foi anunciada após a derrota do parlamentarismo no plebiscito do ano passado. "Não dá para continuar legislando em um sistema presidencialista", disse. Políticos consideram a eleição para o Senado "mais nobre" do que para a Câmara. Na última eleição em São Paulo, o senador Mário Covas (PSDB) foi eleito com 23 vezes mais votos do que o deputado mais votado, José Serra (PSDB). Mesmo assim, sete senadores lançaram seus nomes à Câmara. O argumento da maioria foi a facilidade de eleição pelo baixo número de votos. O senador Áureo Mello (PRN-AM) disse que se ofereceu para apoiar o candidato favorito ao governo, Amazonino Mendes, em troca de uma "ajuda política". A oferta foi negada. "Então me sobrou a Câmara. Menos que isso eu não aceito", disse. Texto Anterior: PARLAMENTARES QUE NÃO DISPUTAM A REELEIÇÃO Próximo Texto: Revisão exclusiva é golpe, diz Pertence Índice |
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