São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994 |
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Taxa de juro divide equipe
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Começa a prevalecer na equipe do ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, a tese de que os juros reais (cobrados acima da inflação) podem cair na medida em que o Plano Real obtenha sucesso.Essa análise –que agrada o presidente Itamar Franco– tem defensores poderosos na Fazenda: o próprio Ricupero, seu chefe de gabinete, Sérgio Amaral, e o assessor especial Edmar Bacha. Mais do que uma interpretação das consequências do plano, trata-se de uma estratégia política. Com a queda dos juros, o objetivo é conseguir mais apoio político e empresarial ao plano. Além disso, há economistas na equipe considerando excessivas as taxas praticadas hoje. Na trincheira oposta está a equipe do Banco Central (BC) –em especial o presidente do órgão, Pedro Malan e os diretores Alkimar Moura e Gustavo Franco. Embora toda a equipe concorde que os juros devem ser positivos –superiores aos índices de inflação–, o BC defende uma política mais agressiva. Ricupero diz que o Plano Real não deve criar obstáculos ao crescimento econômico, na tentativa de diminuir resistências. O ministro quer obter mais apoio para o plano –dos demais ministérios, empresários e até mesmo de partidos contrários à candidatura de FHC à presidência. (GP) Texto Anterior: Risco de desabastecimento preocupa governo Próximo Texto: Fundos dos EUA têm rombo de US$ 55 bi Índice |
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