São Paulo, domingo, 19 de junho de 1994 |
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Atração mundial
ROMEU CHAP CHAP Convidado para proferir palestra na ONU (Organização das Nações Unidas), no último dia 13 de abril, tive a oportunidade de confirmar que o Brasil, apesar das momentâneas incertezas, continua sendo extremamente atrativo aos investidores estrangeiros.Em termos de mercado imobiliário, esse interesse inclusive é crescente, e poderá, em função de algumas medidas internas, dobrar ou triplicar o investimento anual realizado no setor, que hoje gira entre US$ 20 e 25 bilhões. As medidas necessárias já foram por nós amplamente divulgadas. O Brasil tem que facilitar o ingresso de capital externo em todos os segmentos de sua economia; tem que abrir, efetivamente, o seu mercado, eliminando entraves ou penalizações ao investidor estrangeiro. Apenas isso. Aí, é só esperar. Não será necessário qualquer esforço adicional. Como a bela donzela, podemos ficar na janela, pois os pretendentes são muitos, e todos eles dispostos a um relacionamento sério, permanente, até mesmo eterno. Somos uma "atração mundial". O mundo sabe que o Brasil, que abrange a maior parte do continente sul-americano, tem imenso potencial. A infra-estrutura básica para o desenvolvimento já está executada, integrando mais de 20 mil km de ferrovias e uma rede de mais de 85 mil km de rodovias. Há mais de uma dúzia de portos e nossos aeroportos internacionais têm padrões comparáveis aos do Primeiro Mundo. E mais: 70% de nossa população vive em áreas urbanas. Para o ano 2000, deveremos ter nessas regiões 85% de um total de 180 milhões de habitantes, o que denota que teremos que providenciar residência para 65 milhões de pessoas nos próximos dez anos. Apenas esses dados comprovam que as oportunidades são espantosas. Antecipamos a produção de 500 a 700 shopping centers no prazo de 15 anos, bem como algumas centenas de hotéis. Não há, portanto, necessidade de muita imaginação para reconhecer que o Brasil poderá ser o novo eldorado do capital externo. Para isso, faltam aquelas medidas e algumas definições, como o andamento do atual plano econômico e os resultados das próximas eleições. O investidor quer realizar negócios no Brasil, mas quer segurança. Como sabemos, por nosso lado, que temos enorme capacidade de superação de problemas, resta-nos apenas lutar para estimular o ingresso de capital externo e invocar um velho ditado: "quem não arrisca não petisca". Texto Anterior: Fungo gosta de umidade Índice |
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