São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 1994 |
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Correção da URV será pelo índice mais alto
LILIANA LAVORATTI
A equipe econômica decidiu que a correção da URV será feita pela taxa mais alta e não pela média dos três índices que balizam o cálculo do indexador, segundo a Folha apurou. O último valor da URV, no dia 30 de junho, deverá ficar perto de CR$ 3.000,00. A previsão inicial era de CR$ 2.700,00. Outro objetivo da medida é evitar demandas judiciais por reposição salarial. Ao optar pelo índice mais alto, o valor real dos salários –e demais contratos urvizados– ficaria preservado. Junto com o esforço de provar à população que a inflação de julho não será a indicada pelos índices contaminados pelo cruzeiro real, o governo enfrentará um outro problema. O primeiro mês do real coincidirá com o início da entressafra agrícola, período em que os preços dos alimentos básicos sobem, pressionando a inflação. Esse foi um dos motivos que levou os assessores do ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, a rever a estimativa inicial de correção da URV em junho, de 46,6%. Projeções do mercado feitas na última semana indicam que o IPC-Fipe poderá chegar aos 50%. Os outros dois índices que servem de referência para o cálculo da URV são o IGP-M e o IPCA-E. As últimas projeções de consultores privados para estes dois índices são de 45,2% e 45,8%. A equipe econômica tem motivos para se preocupar com os efeitos da inflação de junho em julho. É que, além da aceleração dos preços e da proximidade da entressafra, a especulação na troca da moeda também deve pressionar. O acompanhamento de preços da Fazenda identificou na última semana um movimento de remarcação nos setores que vinham apenas acompanhando a URV. Texto Anterior: CONFIRA A VERBA DESTINADA A CADA ESTADO Próximo Texto: Ricupero evita dar palpite sobre jogo Índice |
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