São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 1994
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Drible de candidato

Em campanha para o governo de São Paulo, há poucos dias, Mário Covas (PSDB) chegava de helicóptero à cidade de Catiguá, no interior do Estado. Como de costume, o piloto foi direto para o campo de futebol local, melhor lugar para pousar.
Corria no gramado um clássico da região: o time local contra o Catanduva. O jogo estava nos 35 minutos do primeiro tempo, 1 a 0 para o Catiguá.
Os organizadores da visita de Covas foram pedir ao juiz licença para o pouso do helicóptero. Mas o homem não quis saber:
– Não vou interromper o jogo de jeito nenhum –sentenciou, gritando de dentro do campo.
Começou então uma dura negociação dos tucanos, na linha lateral, com o juiz. Enquanto isso, o helicóptero com o candidato dava voltas no ar.
Depois de muita insistência, o árbitro acabou cedendo:
– Tudo bem, vou deixar descer, mas tem que ser rápido.
Covas desceu às pressas no centro do gramado. Para não perder possíveis eleitores irritados, cumprimentou primeiro o juiz e depois cada um dos 22 jogadores.

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