São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 1994 |
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Roedor transmite 38 doenças
ROBINSON BORGES
No entanto, a OMS admite ser quase impossível calcular com precisão a população e a velocidade de proliferação desses animais. Em condições naturais, um casal de ratazanas vive no máximo um ano, procria sete vezes e tem de 8 a 12 descendentes. Esqueletos destes roedores foram descobertos em lixos produzidos pelos humanos na pré-história. Seus descendentes mais adaptados aos conglomerados urbanos são o camundongo, rato-reto e o maior e mais raivoso, a ratazana, com tamanho que varia de 30 a 45 cm. Estes animais transmitem 38 diferentes tipos de doenças nos seres humanos, algumas fatais. Hoje, a mais comum é a leptospirose, causada por uma bactéria que vive nos rins dos ratos e é liberada pela urina. Durante a Idade Média, os ratos espalharam pela Europa uma grande epidemia da peste bubônica, que ficou conhecida então como peste negra. A doença dizimou 25 milhões de pessoas, um quarto da população daquele continente. Transmitida pelas pulgas dos ratos, a peste provoca febres altíssimas, inchaço nos gânglios, inflamações generalizadas e hemorragias. A doença progride rapidamente e é altamente fatal. No Brasil, o último registro de mortes ocorreu em 1987, na Paraíba. Outra doença é o tifo murino, transmitida pelas fezes das pulgas infectadas dos ratos. (Robinson Borges) Texto Anterior: MP quer barrar obra Próximo Texto: Ratos atacam crianças e adultos em SP Índice |
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