São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 1994
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O fast food da informática

MARCELO CHERTO; MARCUS RIZZO

MARCELO CHERTO e MARCUS RIZZO
Na última viagem que fizemos aos EUA, acompanhando os franqueadores-alunos da Franchising University, ficamos conhecendo uma nova franquia na área de informática: a PowerWare, que franqueia os chamados Power Software Centers.
Trata-se de um esquema de franquia de máquinas como essa que aparece na ilustração, parecidas com um caixa eletrônico. Só que, em vez de grana, essas maquininhas se destinam à distribuição de softwares dos mais variados. Para ser exatos, o modelinho mais simples tem um "estoque" de mais de 10 mil diferentes programas, segundo os carinhas da empresa franqueadora. Na maioria, programas de "shareware".
Outro modelo de maquineta, mais avançado e ainda em teste, tem porte bem maior, podendo ser equipado com até seis teclados e seis monitores e recheado (segundo a rapaziada de lá) com mais de 200 mil softwares, inclusive os principais softwares de "prateleira" hoje disponíveis no mercado.
Mesmo aqueles produzidos por empresas como Microsoft, Borland e o escambau, os quais certamente serão vendidos a preços mais altos que os shareware. Porém não tão altos quanto os que o usuário pagaria se comprasse o produto numa embalagem bonita e acompanhado de manuais completos e mais um monte de "perfumarias".
Seja utilizando-se um modelo, seja o outro, trata-se de uma típica franquia "de corner", ou "shop in shop": cada máquina pode ser instalada dentro de algum outro negócio, desde que haja sinergia. Através da tela (nas máquinas equipadas com "touch screen"), do teclado ou do mouse, o cliente pode acessar e "rodar" qualquer programa que esteja no menu da máquina, que, no fundo, não passa de um micro (ou equivalente) equipado com um CD-ROM carregado de softwares.
Depois de testar e aprovar um programa, se quiser comprá-lo é só pagar uma taxa no balcão da loja e receber os disquetes necessários, além do código que permite fazer a cópia. Para os programas do tipo shareware, a taxa inicial média é de US$ 5 por um período de uso experimental de 30 dias.
Decorrido esse prazo, como acontece com esse tipo de software, o cliente que gostar do produto e pretender continuar a usá-lo deve pagar uma taxa adicional, diretamente ao autor, da ordem de US$ 20 a US$ 40. Se não gostar do programa, é só apagá-lo da memória do micro e não se fala mais nisso. Para os outros programas, o esquema ainda não estava 100% definido, quando estivemos lá.
A maior vantagem para o usuário, além do preço mais baixo, é a oportunidade de poder experimentar cada programa antes de botar a mão no bolso.
A empresa franqueadora é nova e está em fase de amadurecimento. Mas o negócio é sem dúvida charmoso. Quem quiser mais detalhes, é só passar um fax para o presidente Bill Patterson, pelo nº (001-404) 425-9873.

MARCELO CHERTO e MARCUS RIZZO são diretores da Cherto & Rizzo Franchising e do Instituto Franchising, professores da F.G.V. e da Franchising University e autores do livro "Como comprar sua franquia".

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