São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 1994
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Para Parreira, Rússia é a mais difícil

JOÃO MÁXIMO
ENVIADO ESPECIAL A LOS GATOS

Erramos: 21/06/94

Esta reportagem deixou de informar que o jogador Mauro Silva também faz sua estréia em Copas do Mundo no jogo contra a Rússia, ao lado de Márcio Santos, Leonardo, Zinho e Raí.

Para Parreira, Rússia é a mais difícil
O Brasil estréia na 15ª Copa do Mundo, hoje, às 17h, enfrentando a Rússia no estádio de Stanford, em Palo Alto, cidade californiana a 85k m de San Francisco. É a seleção mais temida pelo técnico Carlos Alberto Parreira nesta primeira fase.
Os dois países –que disputam as vagas do grupo B com Camarões e Suécia– já se enfrentaram duas vezes em Copas, quando os russos eram parte da União Soviética. Foram duas vitórias brasileiras: 2 a 0 em 8 e 2 a 1 em 82.
Mais uma vez o Brasil começa uma Copa com honras de favorito. Mesmo que a seleção não seja exatamente a que Parreira desejava. Por contusão e corte do zagueiro Ricardo Gomes e pela falta de ritmo do lateral Branco, entram em seus lugares, respectivamente, Leonardo e Márcio Santos, ambos estreantes em Copas, assim como Zinho e Raí.
A escalação foi anunciada ontem, em Stanford, por Zagalo. Parreira tinha ido a Los Angeles para assistir Camarões x Suécia.
Os russos, que realizaram ontem, com portões fechados, um treino de reconhecimento em Stanford, fazem segredo de sua escalação. O mistério é uma arma do técnico Pavel Sadryn desde que enfrentou a oposição de alguns convocados durante os preparativos de seu time. Quatro dos melhores jogadores não vieram à Copa.
Segundo o técnico russo, apenas dois, entre seus 22, são titulares absolutos: Kuznetsov e Radchenko. Mas Yuran, falando à Folha português, através da grade do estádio, disse que joga.
Os problemas de Parreira não foram tão graves, apesar dos dois titulares de fora. A virilha de Romário, que impediu o atacante de participar dos treinos da semana, foi menos que um susto.
O Brasil é o terceiro tricamepeão mundial a estrear nos EUA. A Itália perdeu para a Irlanda por 1 a 0 e a Alemanha venceu a Bolívia por 1 a 0 jogando mal. Para Parreira, o favoritismo não significa nada: "Estamos cansados de perder Copas em que somos favoritos".

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