São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 1994
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Aborto em discussão; Médico e poeta; Vacinação; Salários de docentes; Universidade pública; Nome aos bois; Sócios da inflação; Argentina e Cuba; Propaganda erótica; Correio responde

Aborto em discussão
"Quero manifestar meu apoio ao professor Anibal Faundes, do Caism-Unicamp, por sua corajosa decisão de autorizar a realização de abortos na instituição que dirige, em casos de fetos malformados e sem chance de sobreviver. É preciso atualizar a lei que regulamenta a interrupção voluntária da gravidez, como fazem todos os países civilizados."
Ennio Candotti, professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

"O aborto é inadmissível em qualquer circunstância. Só Deus é o senhor da vida. Nem as cobras matam os seus filhotes... só nós, homens e mulheres!"
Felipe Rinaldo Queiroz de Aquino (Lorena, SP)

"Excelente a entrevista do dr. Aníbal Faundes publicada pela Folha (16/06), de extrema coragem, honestidade e compromisso com a saúde da mulher, respeitando sua integridade física e mental e o seu direito à vida. Nossa luta e esperança é que o quadro legal vigente se sensibilize, se transforme e se atualize urgentemente, diante da realidade da matéria."
Maria Luisa K. Eluf (São Paulo, SP)

Médico e poeta
"Li a excelente reportagem de Claudio Julio Tognoli sobre o médico Durval Bellegarde Marcondes (1899-1981), diplomado pela Faculdade de Medicina em 1925. O Museu Histórico da Faculdade de Medicina já prestou várias homenagens a este grande vulto da medicina brasileira, inaugurando inclusive seu retrato na galeria de seus ex-alunos mais brilhantes. Desejo fazer um apelo à Folha, qual seja o de tentar publicar, através da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, um livro de poesias, inédito, do dr. Durval Marcondes, cedido por sua viúva, Lydia de Portugal Rodrigues Marcondes. Desta maneira resgata-se parte da memória deixada pelo pioneiro da psicanálise no Brasil."
Carlos da Silva Lacaz, professor emérito da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo, SP)

Vacinação
"Parabenizamos esta Folha pela sua verdadeira prestação de serviço à comunidade com a publicação de um caderno especial com os endereços dos locais de vacinação. Iniciativas nesse sentido proporcionam a verdadeira medicina preventiva contra casos de deficiências fáceis de serem evitadas como a paralisia infantil e outras."
Rui Bianchi do Nascimento, diretor-executivo do Centro de Documentação e Informação do Portador de Deficiência (São Paulo, SP)

Salários de docentes
"A respeito do artigo publicado na Folha dia 23/05, pág. 3, sob o título de `Ilusão e ilusionismo', assinado pela professora Lígia Marcondes Machado, em que afirma que o salário de um professor-doutor em regime de dedicação exclusiva na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) corresponderia a 3.600 URVs, gostaríamos de esclarecer tal afirmação, pois não há regime de dedicação exclusiva na Unimep, a não ser em casos específicos de direção de centro e reitorias e vice. Por outro lado, o salário de um professor doutor 5 (no topo de carreira) corresponde a 2.870,17 URVs, que no referido artigo é comparado com o salário de um docente MS3 nas universidades públicas paulistas, em início de carreira. Importante destacarmos também que uma análise simplesmente comparativa de salários não reflete a realidade, pois as condições de trabalho entre as universidades públicas e particulares são radicalmente diferentes."
Lauriberto Paulo Belem, presidente da Associação dos Docentes da Unimep –Adunimep (Piracicaba, SP)

Universidade pública
"Parece ingênua –quando na verdade é outra coisa– a proposta de José Aristodemo Pinotti no artigo `A universidade pública presta contas' (16/06). Sabendo de que modo é tratado no Brasil o direito de greve, podemos prever como repercutiria uma paralisação pelo `acesso democrático aos alunos pobres'. Se o que Pinotti chama de corporativismo na universidade é tão nocivo, o que dizer então da atitude do governo do Estado, que deliberadamente deixa a educação pública, básica e superior, à míngua?"
Paula Louzano, coordenadora do Diretório Central dos Estudantes da USP (São Paulo, SP)

"Como aluno da USP venho tornar público o meu repúdio à posição intransigente do reitor Flávio Fava de Moraes no importante momento de negociação salarial dessa greve que vem afetando o pleno funcionamento da maior instituição de pesquisa e ensino do Brasil. Ao mesmo tempo, gostaria de saber o que o professor Adib Jatene faria se fosse um especialista que ganha CR$ 600 mil/mês e não recebe vale-transporte e nem cesta básica."
Maurício Cândido da Silva (São Paulo, SP)

"A reitoria da Unicamp diz que pune o legítimo movimento dos trabalhadores da universidade por defender o serviço público, mas é `liberal' e dispensa os trabalhadores para assistir os jogos do Brasil na Copa do Mundo. É a velha idéia de `pão e circo', só que agora sem pão (salário), só circo."
Celso Ribeiro de Almeida (Campinas, SP)

Nome aos bois
"Diariamente a imprensa, em especial a Folha, nos mostra que grande parte das dificuldades que enfrentamos decorrem da conduta de nossos parlamentares, seja pela omissão, seja pela ação. Todavia, para a solução, não basta a imprensa contar o milagre, mas não contar o santo. Sem tomar conhecimento dos nomes dos responsáveis, o eleitor fica impotente."
Sérgio Faraco (São Paulo, SP)

Sócios da inflação
"É triste a falta de sensibilidade do nosso empresariado! Será que os supermercadistas e os banqueiros, os maiores sócios da inflação em todos esses anos, não conseguem se comover, nem um pouquinho, com a tragédia social que abala o nosso Brasil?"
Antoninha H. Linares (São Paulo, SP)

Argentina e Cuba
"É lastimável ver-se o presidente de um país importante no contexto latino-americano, como é a Argentina, alinhar-se com os EUA no que há de mais retrógrado em sua política externa, que é o neocolonialismo com que dominam o mundo desde a década de 40. E o fez, em Cartagena, para agredir um país irmão, como é Cuba, criticando o presidente brasileiro que, numa atitude de verdadeiro estadista democrata, verberou o sórdido bloqueio econômico que tanto mal causa aos cubanos."
Adriano M. Branco (São Paulo, SP)

Propaganda erótica
"Manifestamos nosso repúdio à abusiva, tendenciosa e maliciosa divulgação de propagandas e chamadas eróticas nos meios de comunicação gráfica e televisiva. Longe de querer demonstrar mero puritanismo, pseudomoralismo ou ser mais realistas que o rei, trata-se de apurar o porquê dessa invasão disfarçada, camuflada à privacidade dos lares e locais de trabalho, em horários inadequados e impróprios."
Léa Cristina Arruda Simeão (São Paulo, SP)

Correio responde
"Em atenção à carta da sra. Necilda de Souza, de Marialva-PR, informamos que a distribuição domiciliária naquela cidade é feita de forma absolutamente regular, com o atendimento sistemático do perímetro urbano. A pesquisa feita junto à cliente identificou que os objetos postados para a própria cidade e eventualmente devolvidos vêm todos com o motivo da devolução anotados. Nosso gerente local está à disposição da cliente Necilda de Souza para melhor orientá-la sobre a forma mais prática e econômica de utilizar os serviços postais."
Roberval Borges Corrêa, diretor-regional da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Curitiba, PR)

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