São Paulo, terça-feira, 21 de junho de 1994
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Para Parreira, só o Brasil toca a bola

MÁRIO MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A PALO ALTO

O técnico Carlos Alberto Parreira disse ontem após a vitória contra a Rússia que "a única seleção que teve coragem de tocar a bola até agora na Copa do Mundo foi a brasileira".
Para o técnico, as outras 17 equipes que jogaram (antes da partida de ontem entre Holanda e Arábia Saudita) "não seguraram a bola, perdendo-a facilmente".
Entusiasmado, Parreira elogiou especialmente o meia Raí. "Valeu a pena esperar que melhorasse. Passou e marcou muito bem."
O técnico afirmou que só vai mudar a equipe na sexta-feira, contra Camarões, se o zagueiro Ricardo Rocha, contundido, não puder jogar. Como ontem, o substituto seria Aldair.
Perguntado sobre o desempenho do meia defensivo Mauro Silva, Parreira respondeu: "E havia gente querendo a saída dele, vejam se é possível."
Uma das maiores qualidades da equipe, para ele, foi a defesa. "A Rússia tentou, mas barramos os ataques." Nos próximos jogos, acredita, o time será mais rápido.
"Eu sempre disse que, pela pressão, tensão e falta de ritmo, na estréia não renderíamos o máximo. Apesar disso, tivemos domínio superior ao que mostram os 2 a 0."
"Foi um jogo difícil que o Brasil tornou fácil", afirmou. Para o técnico, a Suécia, terceiro e último adversário do Brasil na primeira fase, marcará de modo parecido ao da Rússia, individualmente.
Parreira assistiu anteontem ao empate de 2 a 2 entre Camarões e Suécia, em Pasadena (Estado da Califórnia, nos Estados Unidos).
As duas seleções integram o grupo B do Mundial ao lado de Brasil e Rússia. Ele acha que Camarões tem duas qualidades:
"Defende-se muito bem, com oito jogadores, e os dois atacantes –David Embe e Oman Biyik– são muito rápidos.
O treinador disse que, na sua avaliação, os russos podem chegar em segundo no grupo e se classificar para a segunda fase (oitavas-de-final). "A técnica deles é muito boa, o que é fundamental."
A comissão técnica da seleção brasileira estima em seis pontos o suficiente para assegurar a qualificação para a segunda-fase.
O Brasil quer ser o primeiro no grupo B porque, assim, evitará jogar com a Alemanha se ela vencer o grupo C. As duas seleções só se enfrentariam na final.

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