São Paulo, terça-feira, 21 de junho de 1994
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Marcações são distintas

MÁRIO MAGALHÃES
DO ENVIADO A PALO ALTO

O maior contraste tático entre Brasil e Rússia foi a marcação. Tática é a função de cada jogador e setor da equipe ao atacar e defender. Sistema é a disposição dos jogadores em campo.
Os russos seguem a escola européia de marcação individual –cada homem marca um homem. Os brasileiros, a marcação por zona, tipicamente sul-americana.
Na marcação por zona, os jogadores são responsáveis por setores do campo.
Por exemplo: no Brasil, Ricardo Rocha era o zagueiro pelo lado direito e Márcio Santos pelo esquerdo.
Por isso, Rocha marcava o jogador russo que atacava pela esquerda e Santos, o que caída pela direita.
Entre os russos não é assim. Antes de entrar em campo, sete jogadores foram encarregados de marcar um adversário específico.
Ternawski grudou em Romário; Klhestov, em Bebeto; Kusnetsov, em Raí; Gorlukovich, em Zinho; Kardin, em Leonardo; Tsymbalar, em Jorginho; e Piatniski em Dunga.
A marcação individual é mais rigorosa, mas tem dois problemas. O marcador tem de ter o mesmo preparo físico do adversário. E, se o marcador falhar, o adversário fica sozinho, se não há outro marcador a vigiá-lo.
Os sistemas de Brasil e Rússia também são diferentes. Além do goleiro, o Brasil joga com quatro defensores, quatro meias e dois atacantes (sistema 4-4-2). A Rússia usa o 5-3-2.(MM)

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