São Paulo, terça-feira, 21 de junho de 1994![]() |
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Dando recado sem pregação Sim, sim: o Urban Species é da turma do rap com músicos de verdade. Afinal, não é à toa que eles estão no selo inglês que ainda não conseguiu errar um lançamento, o Talking Loud. Da redefinição de "cool" dos Young Disciples ao inacreditavelmente avante Galliano (não o estilista...), tudo que saiu de bom do jazz-rap europeu recentemente foi de lá (incluindo o próprio MC Solaar). Com o Urban Species não poderia ser diferente. Tão preocupados com o lado musical quanto com a poesia, a banda capricha nas letras, mandando mensagens expressas e (muitas vezes) claramente políticas –sem nunca esbarrar naquele perigo fácil da pregação chata. O truque é simples. Por exemplo, em "The Consequence" (sobre as consequências da ignorância), eles conseguem mandar o clichê "não julgue um homem pela sua cor" sem danos à sua integridade. Ou em "Brother" aquele papinho velho tipo "vamos nos unir" é escamoteado num brilhante refrão. Só para fazer um terrorismo extra, procure comprar a edição japonesa do álbum "Listen". A faixa exclusiva "Physical" (esqueça Olivia Newton-John) vale qualquer tarifa de importação. Texto Anterior: Carreras canta "Réquiem" de Mozart nas ruínas de Sarajevo Próximo Texto: Um pedido bem simples Índice |
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