São Paulo, terça-feira, 21 de junho de 1994
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Globo exibe 'O Coronel e o Lobisomem'

DA REDAÇÃO

A Globo exibe hoje uma adaptação de "O Coronel e o Lobisomem", de José Cândido de Carvalho (1914-1989). O romance, publicado pela primeira vez em 1974, é a obra mais conhecida do autor (veja box ao lado).
A adaptação do texto foi feita por Guel Arraes, Jorge Furtado e João Falcão. A direção é de Guel.
Ele optou por filmá-la em película e não em videoteipe. Com isso, as imagens da produção ganham mais qualidade.
As cores estarão mais fortes, os contrastes mais acentuados e os fundos mais desfocados.
Apesar disso, Guel diz que não fez cinema na TV, mas TV em cinema. Segundo ele, foi como se a equipe estivesse usando uma câmera nova.
"O Coronel e o Lobisomem" já havia virado filme em 1979. Com o próprio autor do romance atuando como figurante, essa versão de Alcino Diniz chegou a ser exibida no Festival de Cannes daquele ano.
Segundo Guel, a utilização do cinema veio do exagero que é a figura do coronel Ponciano. O diretor afirma que a obra exigia um tratamento operístico, grandiloquente.
O coronel, interpretado por Marco Nanini, compõe com sua prima Esmeraldina (Patrícia Pillar) e com Pernambuco Nogueira (Paulo Betti) o triângulo amoroso de "O Coronel e o Lobisomem".
Pernambuco, o suposto lobisomem, é marido de Esmeraldina. Enquanto está sendo julgado, são narrados os encontros e os desencontros amorosos entre sua mulher e o Coronel Ponciano.
Apesar de filmado como cinema, o especial tem efeitos produzidos em vídeo. As noites com céu estrelado e lua cheia e as transformações do lobisomem, interpretado por Paulo Betti, foram feitas por computação gráfica.
Outro detalhe do especial são os figurinos. Apesar de o texto sugerir que a história se passa antes de 1930, as roupas dos personagens não respeitam esse tempo.
Segundo Guel, as roupas de Esmeraldina, uma "sereia", tinham que ter mais comprimento.
A solução foi colocar um corte de antes dos anos 20 com um decote dos anos 40.

Hoje, a coluna de JOSÉ SIMÃO está publicada à pág. 4-4 no caderno "Copa 94"

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