São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 1994
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Dedução de doações não é votada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A votação do projeto de lei que permite dedução no Imposto de Renda das doações a campanhas eleitorais foi adiada pela Câmara, por falta de acordo entre os partidos.
Na sessão de ontem, os deputados também não votaram o projeto de lei determinando que as eleições de outubro sejam realizadas em duas urnas e não apenas em uma, como estabelece a atual legislação.
Reunidos com o presidente da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PFL-PE), durante toda a tarde, os líderes partidários não chegaram a um acordo sobre os dois projetos. Eles estavam na pauta de ontem.
O PT e o PDT são contra a dedução de doações a campanhas no Imposto de Renda. "Vai permitir um festival de fraudes", afirmou o líder do PDT, Luiz Salomão (RJ).
Segundo ele, "os partidos vão vender os bônus com deságio", ou seja, entregar aos doadores bônus com valor maior do que a contribuição recebida, para aumentar a dedução.
Já Inocêncio considera "bom" o projeto do deputado Vasco Furlan, que permite dedução total das doações. O projeto deve ser votado na próxima semana.
A proposta das duas urnas para as eleições encontra muitas resistências no Congresso. O temor é de desmobilização da fiscalização da eleição para deputados federais e estaduais.
Mesmo sem acordo, o projeto deverá ir a plenário e ser decidido no voto. Isso porque trata-se de reivindicação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que espera maior agilidade com as duas urnas.

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