São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 1994
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Bicheiros podem receber nova denúncia

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A Procuradoria Geral de Justiça deve oferecer ainda este mês nova denúncia por formação de quadrilha contra os integrantes da cúpula do jogo do bicho no Rio.
No ano passado, 14 banqueiros foram condenados por formação de quadrilha armada a seis anos de prisão.
Para o MP (Ministério Público), apesar de estarem presos os bicheiros continuam comandando o jogo, o que indicaria a continuidade da ação da quadrilha.
O MP analisa também os disquetes que teriam sido apreendidos em imóveis do foragido bicheiro Castor de Andrade.
Os promotores estão concluindo as transcrições das conversas telefônicas dos bicheiros, gravadas dentro dos presídios por determinação judicial.
A Polícia Militar já afastou de cargos de comando cinco dos 64 oficiais citados nas listas apreendidas na "fortaleza" de Cator.
A corporação não conseguiu ainda identificar os autores do assassinato do major Ronaldo Sílvio, que servia no 9º Batalhão e cujo nome constava na lista.
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça ainda não decidiu se aceita a denúncia do MP por corrupção passiva contra 63 políticos e policiais citados nas listas.
Uma auditoria militar está interrogando 45 PMs acusados e deve concluir o trabalho este mês.
Relator do processo, o desembargador Raul Quental poderá tomar uma decisão sobre a proposta do MP até o fim do mês.
A Vara de Execuções Penais ainda analisa os pedidos dos advogados dos bicheiros que requereram mudança do sistema fechado para o semi-aberto. Eles já cumpriram um sexto da pena, o que dá direito de mudança de regime.

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