São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 1994
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Entenda o caso do jogo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria de Segurança Pública determinou em 11 de abril passado a instauração de inquérito na Corregedoria da Polícia Civil para investigar o jogo do bicho.
A decisão foi tomada após a apreensão da contabilidade do bicheiro Castor de Andrade, no Rio.
Um semana depois foi divulgada a primeira lista de supostos pagamentos de propinas para policiais civis.
Apreendida em Guarulhos (Grande SP), ela listava cerca de 20 delegacias e 30 policiais civis e militares.
Na mesma semana, a Justiça quebrou os sigilos bancário e fiscal dos 15 maiores bicheiros paulistas.
Na fortaleza do bicheiro Francisco Plumari Junior, o Chico da Ronda, a corregedoria apreendeu uma agenda com telefones do Palácio dos Bandeirantes e com o nome do delegado aposentado Conrado José de Pilla
As descobertas da polícia fizeram os deputados instaurarem a CPI do jogo na Assembléia Legislativa. Em seguida, Pilla teve seu sigilo bancário quebrado.
Em maio, a Procuradoria Geral de Justiça pediu a prisão preventiva do banqueiro Ivo Noal. Ele é acusado de mandar matar o bicheiro rival Adílson Ribeiro da Silva.
No mesmo mês, foi apreendida a agenda do bicheiro Expedito Peloso, o Mineiro. Nela estão os nomes de 120 policiais.
Desses, cerca de 20 policiais já prestaram depoimento e tiveram seus sigilos bancários e fiscais quebrados.
Na semana passada, a polícia pediu a decretação da prisão preventiva do bicheiro Chico da Ronda, acusado de aplicar um golpe para se apropriar de um terreno avaliado em US$ 4 milhões na zona norte de São Paulo.

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