São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 1994
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Falta de software prejudica desempenho

ESPECIAL PARA A FOLHA

Falta de software prejudica desepenho
Programas comuns funcionam bem, mas performance do micro seria melhor com soft especialmente criado
Um aspecto complicado na utilização do Power Macintosh é a disponibilidade de software.
O ponto crucial para o teste foi a não-disponibilidade de programas com comprovada eficiência (como o "Norton Utilities" e o "Chekit", utilizados para as máquinas PCs da família 80x86) para elaboração de benchmarks, bem como a não-disponibilidade de software desenvolvido especialmente para o Power Mac.
Os testes foram baseados na execução de programas para a família Macintosh tradicional, que funcionam perfeitamente no Power Macintosh com um emulador.
Analogamente, algumas medidas de desempenho foram obtidas pelo uso de programas desenvolvidos especialmente para os testes, utilizando-se um compilador escrito para os Macintosh tradicionais.
Todos os programas (originais para os Macintosh tradicionais) instalados no Power Macintosh funcionaram a contento e a uma velocidade atrativa.
Dados compilados durante os testes mostram que, na maioria das situações, mesmo executando através de um emulador, o Power Macintosh tem velocidade superior à obtida com Macintosh 2ci.
Por exemplo, na compilação de um programa científico com aproximadamente 3 Kbytes de código fonte, o Power Macintosh foi cerca de duas vezes mais rápido que um Macintosh 2ci.
A execução dos programas desenvolvidos para os testes revelou que o Power Macintosh é mais rápido quando consideram-se apenas números inteiros.
Porém, considerando-se números reais (números que incluem casas decimais), sua velocidade foi prejudicada, chegando a ser bastante inferior à obtida com um Macintosh 2ci (no processo de emulação não se teve acesso a um co-processador aritmético).
Certamente os resultados seriam bem diferentes, favoravelmente ao Power Macintosh, se fosse utilizado um compilador especialmente desenvolvido para essa máquina.
A disponibilidade de software para o Power Macintosh, no Brasil, é algo ainda preocupante.
A opção de momento parece ser essa sugerida em nosso teste, isto é, usar software da linha Macintosh tradicional, lançando mão dos utilitários que acompanham o Power Macintosh para se importar aplicativos desenvolvidos em ambiente DOS e "Windows".
Nesse sentido, foi possível testar a compatibilidade entre o "Word for Windows" da linha PC 80x86 com o "Word" da linha Macintosh tradicional.
O resultado foi positivo para texto sem os caracteres especiais da língua portuguesa (acentos e cedilhas) e sem se considerar figuras desenvolvidas, por exemplo, no "CorelDraw!".

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