São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994 |
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Poupanças de valores baixos sofrem saques
FIDEO MIYA
O efeito desses saques nos saldos totais de poupança de muitas instituições financeiras, porém, está sendo camuflado pela migração de recursos de médios e grandes aplicadores. Eles estão transferindo aplicações de outros ativos financeiros, principalmente de fundos de renda fixa e de CDBs, para a caderneta. O Bradesco, maior banco de varejo privado do país, com uma rede de 1.794 agências e um saldo em poupança de US$ 4,3 bilhões (16% do mercado), foi a primeira instituição a detectar o movimento de resgates líquidos nas contas de poupança de menor valor. O presidente do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, informou que nos primeiros 15 dias de junho, houve um recuo de 0,81% no saldo da poupança do banco, conforme a Folha noticiou na edição da última segunda-feira. No Banco do Brasil, o saldo estacionou em US$ 5 bilhões de 7 a 14 de junho. Nos primeiros sete dias, o BB havia registrado um aumento de 7,44%. Em outros bancos de varejo, os saques das pequenas contas estariam sendo neutralizados pela migração de recursos. O dado é confirmado pelo diretor de Crédito Imobiliário do Banespa, Jairo de Almeida Machado Jr. Até anteontem, o Banespa contabilizava um saldo de US$ 1,3 bilhão na caderneta de poupança, com aumento real de 13,5% em relação a maio. A Caixa Econômica Federal informou que seu saldo de poupança apresentou um crescimento real de 10%. Texto Anterior: Classe de baixa renda compra mais com real Próximo Texto: Consumidor de baixa renda reforça despensa Índice |
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