São Paulo, sexta-feira, 24 de junho de 1994 |
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Irlanda investe em jogo aéreo contra México
SÍLVIO LANCELLOTTI
Uma vitória, ou mesmo um empate, diante do México, pelo grupo E, vai assegurar à equipe do mister Jackie Charlton, 59, inglês, fumador inveterado de charutos, distribuidor de berros por qualquer motivo, desde fevereiro de 86 com a sua seleção, a sua segunda qualificação consecutiva às oitavas-de-final de uma Copa. Ironicamente, na Itália/90, a Irlanda atingiu a mesma situação sem vencer. Aliás, disputa apenas o seu segundo Mundial –nos dois, só venceu uma partida, aquela contra a Itália no Giants Stadium de East Rutherford, na sexta-feira anterior. Irlanda e México nunca se combateram, oficialmente. Por isso, aumentam as emoções em debate no Citrus Bowl do Orange County da Flórida, capacidade para 70.188 espectadores. A Irlanda importou de casa cerca de 22.000 torcedores. No Citrus Bowl, contudo, não vai ostentar a mesma platéia que bateu a Itália na proporção de 3/1 dias atrás, no Estado de Nova Jersey, repleto dos seus imigrantes. Parece mais provável que as arquibancadas se preencham de "chicanos", os mais numerosos moradores estrangeiros, legais ou ilegais, aqui nos Estados Unidos. Consta, inclusive, que a polícia local se postará nas entradas do estádio de Orlando à cata de gente sem lenço e sem documento. Com três pontos na tabela do certame, a Irlanda só necessita de mais um para assegurar a sua qualificação. O México provém de uma derrota e tem a sua chance derradeira de prosseguir no torneio. Dificilmente, todavia, o elenco de Miguel Mejía Barón, 49, com o time desde janeiro de 93, penetrará na defesa comandada pelo imponente Paul McGrath, o alcoólatra que comanda, com uma fibra gigantesca, em busca do seu resgate moral, a escalação da Irlanda. Charlton tentará aproveitar a maior estatura dos seus jogadores para surpreender os defensores mexicanos –o goleiro Jorge Campos, com 1,75m, é o jogador mais baixo da sua posição na Copa. O objetivo da equipe, segundo Charlton, é ficar em primeiro no grupo para poder jogar a segunda fase em Nova York. "Essa partida é nossa grande chance para ficarmos em primeiro. Se isso acontecer, teremos o apoio da enorme colônia irlandesa em Nova York". Com agências internacionais Texto Anterior: Goleiro é expulso, Baggio sai e Itália vence Próximo Texto: Equipe teme cruzamentos Índice |
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