São Paulo, sábado, 25 de junho de 1994 |
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México afasta Hugo Sánchez e bate Irlanda
MARCELO DAMATO
O resultado deixa todos os times do grupo E (Irlanda, Itália, México e Noruega) com três pontos e saldo zero. No terceiro critério de desempate, gols marcados, México e Irlanda têm dois cada, e Itália e Noruega, um. Pelo quatro critério, confronto direto, o México leva vantagem sobre a Irlanda, e a Itália sobre a Noruega. Por isso, o México lidera o grupo E, seguido, pela ordem, por Irlanda, Itália e Noruega. Na última rodada, dia 28, jogam Itália x México e Noruega x Irlanda. México e Irlanda classificam-se com um empate. O jogo O jogo de ontem teve dois períodos distintos, separados pelo primeiro gol de Luís Garcia, aos 42min do primeiro tempo. Na primeira parte, o jogo foi marcado pela ineficência do ataque mexicano e pela falta de interesse dos irlandes –que, com um empate seriam os líderes do grupo E– em atacar. O México iniciou o jogo sem seu maior astro, o centroavante Hugo Sánchez. Fora de sua melhor forma física, foi tirado do time pelo técnico Miguel Mejía Barón. Em seu lugar, foi escalado Hermosillo. No início do jogo, a alteração não deu resultado. A Irlanda marcava Hermosillo e Zague (mexicano nascido no Brasil) individualmente. O meio-campo mexicano, especialmente Ambriz, Bernal e Garcia Aspe, errava passes seguidos. Ainda por cima, os atacante Hermosillo e Zague desperdiçavam as bolas que recebiam. A Irlanda manteve o estilo que a levou a vencer a Itália na estréia, mas com mais passes errados. Os meias Houghton (pela direita), Keane (meio) e Townsend (esquerda) só eram eficientes no bloqueio de meio-campo, alternando marcação pressão no seu próprio campo e no campo todo. Dessa maneira, os lances de emoção só surgiam em função de erros de jogadores ou da arbitragem. Aos 6min, o goleiro Jorge Campos tentou sair jogando com os pés, quase perdeu a bola e teve que chutá-la para lateral. Aos 37min, após cobrança de lateral da esquerda, Coyne toca para a área e Townsend mergulha de cabeça. Ele ainda toca a bola com o braço e só não marca porque Jorge Campos desvia do canto direito. O juiz não vê a falta e valida o lance. Aos 42min, aconteceu o lance que mudou o jogo. Bernal avançou com a bola pela meia direita, tocou para Hermosillo na meia-lua. Com um toque para trás, Hermosillo armou o chute de Luis Garcia. A bola foi baixa no canto direito de Bonner: 1 x 0. A Irlanda foi para cima –o lateral-esquerdo mexicano Del Olmo tomou cartão amarelo por falta em Coyne– mas terminou o primeiro tempo em desvantagem. O resultado deixava os quatro times do grupo E absolutamente iguais na classificação. O segundo tempo teve mais movimentação. A 1min, Stauton cruzou da esquerda, Coyne subiu para cabecear, mas fez falta em Jorge Campos. Por meia hora, a Irlanda só criaria mais uma chance, que Campos pegou sem dificuldade. Aos 2min, o canhoto Garcia Aspe, driblou cinco jogadores, mas chutou de pé direito e a bola saiu. Quatro minutos depois, é a vez de Zague, o pior do México, chutar fora, quando estava na frente de Bonner. Os lances mostravam que o México estava melhor. Preocupado em empatar o time irlandês afrouxou a marcação sobre Bernal, Garcia Aspe e Luís Garcia. Os três criavam chances seguidas. Aos 20min, Garcia Aspe fez nova jogada pela esquerda, fechou para o meio e tocou para Luís Garcia. Como no primeiro gol chutou de direita no canto direito e venceu Bonner: 2 x 0. A Irlanda se desesperou. O técnico Jack Charlton tirou Coyne e pôs Aldridge. O veterano brigou com a arbitragem antes mesmo de entrar. É que Coyne já havia saída e o juiz Kurt Roethlisberger, da Suíça, não autorizou sua entrada. Dois minutos depois, entrou McAteer (saiu Staunton). Com a proximidade do fim do jogo, os mexicanos se descontrolaram e permitiram a reação da Irlanda. Aos 38min, Aldridge cabeceou após cruzamento de McAteer e descontou. Depois disso, Townsend ainda chutou aos 44min, mas Campos defendeu. (MD) Texto Anterior: Contusão no joelho tira Baresi da Copa Próximo Texto: Leitor ganha mais figurinhas domingo Índice |
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