São Paulo, sábado, 25 de junho de 1994
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Suécia vence e pode empatar com Brasil

UBIRATAN BRASIL
DO ENVIADO A PONTIAC

A Suécia escapou da obrigação de vencer o Brasil, na próxima terça-feira, ao derrotar a Rússia por 3 a 1, ontem à noite, em Pontiac.
Com o resultado, os suecos somaram quatro pontos e praticamente garantiram sua classificação, sem ter a necessidade de uma vitória contra os brasileiros.
"Foi um resultado que serviu para tranquilizar a equipe. Mostramos que as chances de chegar adiante são muito boas", disse o técnico sueco, Tommy Svensson.
Contra o Brasil, o treinador não contará com o atacante Dahlin, autor de dois gols, que cumprirá suspensão automática por ter recebido o segundo cartão amarelo.
Mais contrariado, Pavel Sadyrin, treinador da Rússia, lamentou os problemas enfrentados pelo time. "A expulsão do Gorlukovich, além de obrigar um aumento de esforço, atrapalhou o nosso sistema de marcação", disse.
A Rússia não modificou o esquema utilizado contra o Brasil. Baseada praticamente na marcação, a tática russa preocupava-se principalmente com a defesa.
Uma jogada surpresa, porém, resultou no gol da Rússia, logo aos 3min de jogo. Ao entrar na pequena área, o atacante Radchenko é puxado pela camisa.
No mesmo minuto, Salenko marca, cobrando o pênalti no canto direito do goleiro Ravelli.
Em inesperada vantagem, a Rússia conseguiu executar com tranquilidade sua melhor tática –fechado na defesa, o time só se arriscava no contra-ataque com os lançamentos de Borodiuk para Salenko ou Radchenko.
O espaço no meio-campo passou a ser ocupado pela Suécia que, mesmo em desvantagem, não se arriscava a avançar seus meias: construía o ataque apenas de uma forma: através de lançamentos para o centroavante Dahlin.
Com a barreira russa funcionando, o técnico da Suécia, Tommy Svensson, foi obrigado a abandonar a precaução e permitir que Brolin corresse na diagonal, da direita para o meio.
"Eles corrigiram o erro que fizeram contra o Brasil, aprimorando a marcação. Tentei fazer o mesmo que fizeram os brasileiros, invertendo as posições para confundir os marcadores", disse Svensson.
A pressão surtiu efeito. Aos 38min, Dahlin é seguro dentro da área por Gorlukovich. O árbitro francês Joel Quiniou, novamente bem colocado, marcou pênalti.
No minuto seguinte, Brolin marcou, ao chutar no canto esquerdo do goleiro Kharin, empatando o jogo.
No início do segundo tempo, também aos 3min, uma nova surpresa, agora favorecendo a Suécia: ao fazer uma falta por trás em Dahlin, o zagueiro Gorlukovich é expulso.
A vantagem numérica em campo permitiu que a Suécia pudesse executar com mais facilidade sua inversão de posições. Sem obrigação de marcar, Dahlin alternava descidas ora pela esquerda, ora pelo meio.
Foi o suficiente para a Suécia conseguir seu segundo gol. Da esquerda, Thern cruza na pequena área. Mesmo marcado, Dahlin se abaixa para cabecear no canto esquerdo do goleiro, aos 13min.
Derrotada e cansada, a Rússia entregou os pontos, afrouxando a marcação nas pontas. Aos 35min, Kennet Andersson avançou pela direita e cruzou na área. Novamente de cabeça, Dahlin marcou no canto superior.
"Só lamento não poder enfrentar o Brasil. Seria uma ótima oportunidade de fazer gols contra um dos melhores times do torneio", disse Dahlin.

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