São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994 |
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Itamar decide decretar calamidade no Nordeste
GILBERTO DIMENSTEIN
O porta-voz do Palácio do Planalto, Fernando Costa, informou ontem que o presidente determinou à sua assessoria jurídica a elaboração da medida. Através dela, a ajuda a projetos de saúde e nutrição, em especial no interior do Nordeste, pode ser agilizada. "O presidente está com rapidez e acerto", disse ontem o representante do Unicef no Brasil, Agop Kayayan. Segundo ele, a intervenção oficial deve ser "urgente" antes que a situação se agrave. Na sexta, Itamar recebeu documento preparado pelo presidente do Consea (Conselho de Segurança Alimentar), d. Mauro Morelli, pedindo prioridade ao combate à mortalidade infantil. O procurador-geral da República, Aristides Junqueira, defendeu a decretação do estado de calamidade. Apoiado pelo presidente da CNBB, d. Luciano Mendes de Almeida, conversou com os ministros Alexandre Dupeyrat (Justiça), Henrique Santillo (Saúde) e Murílio Hingel (Educação). Todos os três concordaram que a explosão da mortalidade exigia tratamento especial e de emergência. "O estado de calamidade pública é a melhor saída", sustenta Aristides, apoiado por d. Mauro. A movimentação teve início após um levantamento da Igreja Católica que constatou a elevação da mortalidade infantil no primeiro trimestre de 1994. No Nordeste, o aumento foi de até 30%. Texto Anterior: Advogado da OAB sofre ameaça de morte Próximo Texto: Evangélicos fecham a avenida Paulista Índice |
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