São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994
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Miséria, como e quem vai pagar a dívida social?

MARIO VITOR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A pouco mais de três meses das eleições, candidatos a presidente pedem votos nos recantos mais pobres sem apresentar nenhum programa capaz de debelar a calamidade social.
A única proposta global, a do PT de Lula, está amparada em expectativas irreais de investimento e de disponibilidade de recursos do governo.
A economia cresceu 4,9% ano passado; a indústria subiu 11%, mas o nível de empregos não chegou a crescer um ponto. A produtividade bateu recordes. A indigência também.
Estimular a economia para absorver os 10 milhões de desempregados demanda novo "milagre": requer que o país cresça como um tigre asiático por quatro anos enquanto distribui renda com a generosidade de um paraíso nórdico.
Haverá alguém capaz de sacudir o país de sua indiferença diante do caos social e realizar essa façanha?

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