São Paulo, domingo, 26 de junho de 1994
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Radiador requer checagem e limpeza completa todo ano

ROSANGELA DE MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quando o carro começa a esquentar é muito comum culpar o radiador, mas nem sempre o problema está exclusivamente nele.
O professor de mecânica Hans Havache recomenda que o radiador seja limpo dentro e fora.
O acúmulo de poeira tanto na parte externa como dentro do radiador prejudica o funcionamento.
Havache diz que o líquido de arrefecimento deve ser totalmente substituído e é necessário fazer uma revisão completa no sistema pelo menos uma vez por ano.
O líquido é composto de elementos que evitam a ferrugem e seu nível deve ser controlado semanalmente.
Completar a quantidade necessária apenas com água pode alterar a concentração do produto. É melhor comprar o aditivo em concessionárias, com garantia.
Hoje os carros de linha usam radiadores selados, feitos de material plástico e alumínio (os mais antigos, como Opala, Del Rey e Chevete, usavam radiadores de cobre), que geralmente são substituídos quando começam a dar problemas.
Roberto Castagna, proprietário da oficina Império dos Radiadores, explica que radiadores novos só podem ser recondicionados se a peça não foi amassada, e que a única substituição que pode ser feita é a troca das guarnições (juntas de borracha internas).
O radiador é apenas um dos componentes do sistema de controle de temperatura do motor que inclui ainda a válvula termostática, a bomba de água, o cebolão (ou cebolinha) e a ventoinha.
Essas peças permitem ao motor operar em torno de 82 graus e 85 graus, nível ideal de temperatura.
Ela é controlada pela válvula termostática. Ao ser atingido o limite (próximo dos 90 graus), a válvula libera a passagem, do motor para o radiador, do líquido de arrefecimento, composto de água mais aditivo (etilenoglicol).
O radiador espalha este líquido por uma serpentina de tubos que, em contato com o ar externo (direcionado para os tubos através de aletas), perde temperatura.
Se a temperatura do líquido ainda estiver alta, entra em ação um interruptor térmico que aciona a ventoinha, um hélice que aumenta o fluxo de ar ainda mais.
O líquido resfriado volta então ao motor, formando um ciclo contínuo de controle de temperatura.

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