São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994 |
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PT fica no "muro" em relação ao plano
CARLOS MAGNO DE NARDI
O partido vai aguardar o anúncio das medidas do plano para definir ações contra a nova moeda. Já é previsto o apoio do PT às manifestações contrárias ao plano promovidas pela CUT. Durante o fim-de-semana, a direção nacional manteve encontro em São Paulo. O partido não chegou a nenhuma conclusão sobre a nova moeda. O PT entende que o plano é um "estelionato eleitoral" para fortalecer a candidatura do ex-ministro Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Oficialmente o partido afirma que, ao contrário do que ocorreu com o Plano Cruzado, o eleitor não será seduzido pela redução momentânea da inflação. A Folha apurou, no entanto, que o candidato do partido à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, está preocupado com o que chama de "efeito psicológico" da nova moeda sobre a população. Durante a reunião da direção do partido, Lula cobrou ações do PT para minimizar um eventual efeito positivo para a candidatura de Fernando Henrique. Segundo Lula, o partido vai apoiar ações na Justiça contra perdas salariais. Na sua opinião, o governo Itamar Franco dá sinais de que vão ocorrer perdas. Para o candidato do PT, ao editar o Plano Real, o governo está repetindo a fórmula de combater a inflação com recessão. Segundo ele, se o Ministério da Fazenda optar pela dolarização haverá um "congelamento da miséria"já que os preços dispararam nas últimas semanas. Além da direção do partido, participaram do encontro economistas do PT, como o deputado Aloizio Mercandante e a economista Maria da Conceição Tavares. Na análise do presidente do partido, Rui Falcão, ainda não é o momento para o PT apresentar alternativas às medidas econômicas do governo federal. Texto Anterior: Brizola volta a pedir apoio de peemedebista Próximo Texto: Secretário dos EUA vê 'moderação' em Lula Índice |
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