São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Espanha tenta 1ª vitória contra a Bolívia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Espanha e Bolívia fazem hoje, às 17h (horário de Brasília), em Chicago, a segunda partida decisiva da última rodada do Grupo D. No mesmo horário, Alemanha e Coréia do Sul jogam em Dallas.
As seleções da Espanha e da Bolívia precisam da vitória para garantir a classificação sem depender de outros resultados.
A Alemanha lidera o grupo com quatro pontos. Espanha e Coréia vêm em seguida com dois pontos. A Bolívia tem apenas um. A seleção espanhola supera a coreana em gols marcados –três contra dois.
A principal ausência da seleção espanhola contra a Bolívia será o capitão Nadal. O zagueiro foi expulso na primeira partida da equipe no Mundial, contra a Coréia do Sul, jogo que terminou em 2 a 2.
Além de Nadal, a Espanha não poderá contar com o zagueiro Alkorta, que se machucou anteontem durante um treino da equipe.
O zagueiro deve precisar de cerca de oito dias para se recuperar da contusão e só deve voltar a campo se a seleção espanhola conseguir chegar às quartas-de-final.
No jogo de hoje, no estádio Soldier Field, a Espanha deve entrar com seu segundo uniforme. Os jogadores usarão camisetas e calções brancos, em vez de vermelhos.
O maior desafio dos espanhóis é provar que o futebol do país tem condições de montar uma boa seleção. Essa é a principal preocupação do treinador Javier Clemente.
Em dois jogos disputados até agora, a seleção ainda não venceu. Deixou escapar a vitória contra a Coréia do Sul depois de fazer 2 a 0. Nos seis minutos finais, sofreu dois gols. O último foi marcado a 20 segundos do fim da partida.
O atacante Julio Salinas, autor de um dos gols contra os coreanos, criticou a Federação Espanhola, dizendo que os dirigentes só têm interesse em prestigiar as equipes, dando pouco apoio à seleção.
"A seleção espanhola não é respeitada e a culpa é da federação, que é desorganizada", afirmou.
"Itália e Alemanha, por exemplo, têm o respaldo de suas federações, que se preocupam muito com a seleção. É por isso que elas estão entre as favoritas."
Para Salinas, 32, a Federação Espanhola não trata a seleção com o mesmo respeito com que trata as equipes do Real Madrid e do Barcelona, time onde jogam Romário e o atacante búlgaro Stoichkov.
Apesar das críticas que o técnico Clemente vem sofrendo em seu país, com a falta de vitórias, Salinas, 32, disse que o clima na seleção é sereno. "O bom jogo que fizemos contra a Alemanha é a maior prova disso".
O atacante, que deve jogar a próxima temporada pelo La Coru¤a, time dos brasileiros Bebeto e Mauro Silva, disse não se preocupar com os futuros adversários.
"Antes de pensar nos próximos rivais, temos que superar a Bolívia. Não podemos subestimá-los."
O técnico da Bolívia, Xavier Azkargorta, não teme o favoritismo da seleção espanhola. Lembra que, antes da partida contra a Coréia do Sul, os espanhóis falavam em golear e acabaram apenas empatando.
Azkargorta diz não se preocupar com a ausência de três titulares –Etcheverry, Baldivieso e Cristaldo– para o jogo de hoje (leia texto abaixo). "Viemos para a Copa do Mundo com 22 jogadores. Todos têm condições de entrar."

Texto Anterior: Barbatanas de tubarão animam Coréia do Sul
Próximo Texto: Equipe joga sem 3 titulares
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.