São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994 |
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Técnico da Nigéria encara derrota com ironia
SÍLVIO LANCELLOTTI
Depois da partida, permaneceu à disposição da imprensa por 17 minutos e respondeu bem mais do que as oito perguntas obrigatórias pelas regras da Fifa. Bonachão, acessível, a gravata em listras verdes e pretas impecavelmente armada no colarinho, Westerhoff apenas fez uma solicitação: "Gostaria que meu colega Alfio Basile falasse primeiro". Alguém perguntou-lhe a razão de tal pedido. Westerhoff não hesitou. "Desejo muito conhecer a opinião de Basile sobre a partida. Assim, me sentirei melhor ao lhe oferecer as minhas congratulações pelos dois gols que a Argentina marcou enquanto os meus jogadores conversavam com o árbitro." O holandês fez graça com quase tudo. Teria o sueco Bo Karlsson se intimidado com a fama e com o carisma de Maradona? Westerhoff engatou a sua melhor marcha: "Maradona reclama como um bebê. Talvez, quem sabe, numa outra encarnação, o árbitro tenha sido a sua mãe". Com os seus jogadores, porém, o técnico foi paternal. Cumprimentou seus atletas um a um, elogiando sua performance, sua coragem e sua velocidade. "Estou bastante orgulhoso com meu elenco. Creio que venceremos a Grécia e ficaremos no segundo lugar de nosso grupo." Fora do Foxboro, em Boston, a pequena torcida da Nigéria, cerca de 2.000 pessoas vestidas de verde, concordava e batucava bumbos atordoantes, sem se incomodar com o predomínio dos argentinos, muito mais numerosos e ruidosos. (SL) Texto Anterior: Vitória faz argentinos sonharem com título Próximo Texto: Atacante fica feliz com sua atuação Índice |
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