São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994
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Atacante fica feliz com sua atuação

SÍLVIO LANCELLOTTI
DO ENVIADO A BOSTON

Diego Maradona é um homem cada vez mais feliz com a Copa dos EUA. Fez uma partida excelente contra a Grécia, quando a Argentina venceu por 4 a 0, e outra muito boa diante da Nigéria (2 a 1).
"Além disso" –suas palavras– "vou jantar hoje (sábado) com meu pai, minha mulher e minhas filhas."
Maradona ainda não sabia onde e o que ia comer: "Talvez coisas do mar. Em Boston há maravilhosas lagostas, gigantescos camarões. A minha mulher, Cláudia, adora camarões".
Maradona apenas carregava uma curiosa preocupação: mastigar. "Recebi uma pancada na cabeça. Precisarei passar por um exame de raio X para saber se não me quebraram o maxilar."
Sobre sua antiga rixa com o zagueiro Oscar Ruggeri, o capitão da Argentina fala pouco. "Quando saí da partida com a Grécia, dei a Oscar a braçadeira e um beijo. Isso não basta?", perguntou.
Maradona prefere retornar ao tema da Nigéria. "Foi uma guerra, não um jogo. Atuamos com as camisas no coração. Enfrentamos um Mike Tyson e não um time comum. A Nigéria me desapontou com sua pancadaria. Culpa do juiz, que não expulsou ninguém".
O capitão da Argentina não sabia que George Bush, ex-presidente dos EUA, assistira ao jogo.
"Verdade? Eu teria orgulho em dedicar-lhe um gol. Acho que nunca corri tanto em minha vida. Eu merecia ao menos um gol. Estou, porém, contentíssimo com os dois que Caniggia fez."
Quando Caniggia chegou, ganhou um beijo de Maradona. "Caniggia é um gênio. Agradeço a Deus pelas pernas que me concedeu e pelos grandes companheiros de time que me ofereceu." (SL)

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