São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994 |
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Técnico grego muda seis jogadores e perde
MATINAS SUZUKI JR.
Não adiantou muito. Ele voltou a ser goleado pelo mesmo placar. Panagoulias é herói nacional. Classificou a Grécia pela primeira vez para uma Copa do Mundo. O público para o jogo foi excepcional. 63.177 pessoas. Para ver Grécia e Bulgária. Foram dez mil a mais do que no jogo Grécia e Argentina, em Boston. Chicago e Boston reúnem as maiores comunidades gregas dos EUA. Mesmo assim, é muita gente. Somente nos EUA poderia ocorrer um público destes. Grécia e Bulgária são rivais históricos. São países fronteiriços. O passado geopolítico pesava sobre o jogo de ontem. Era visível o confronto entre as torcidas. Havia cerca de dez gregos para cada búlgaro. Gregos animados. No começo deste século, a Bulgária perdeu parte do seu território para a Grécia. Até agora somente nos jogos da Grécia eu vi faixas de manifestações políticas. Havia no jogo contra a Argentina e ontem. Faixas relativas à situação da Macedônia. A Macedônia é vizinha dos dois países. A ocasião, neste super-evento multiculturalista que é a Copa, não poderia ser melhor para apresentar o protesto. O time da Bulgária brigou durante toda a semana. O calvo Letchkov criticou Stoichkov e Kostadinov. Disse que eram estrelas e não jogavam para o time. Ontem, eles discutiram o jogo inteiro. Há visível falta de união e solidariedade que se reflete nas jogadas. Os 4 a 0 de ontem podem melhorar a situação. (MSJr) Texto Anterior: LANCE A LANCE Próximo Texto: Técnico da Holanda elogia goleiro belga Índice |
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