São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994
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Os jovens estão usando camisinha?

DA REDAÇÃO

Os jovem estão usando camisinha?
A maioria dos adolescentes que têm vida sexual ativa está usando camisinha.
Esse é o resultado de uma pesquisa realizada em dezembro passado pela FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), com alunos maiores de 14 anos de todas as regionais de ensino da Grande São Paulo.
Segundo o estudo, 57% dos entrevistados que transam confirmam que usam preservativo.
Em 1992, o mesmo tipo de pesquisa havia constatado só 43% de respostas afirmativas.
A Aids é o principal fator de motivação para o uso do preservativo, segundo especialistas.
Outro destaque na pesquisa é a relação dos motivos que os jovens apresentam para não usar a camisinha.
A desculpa mais comum é que eles confiam no parceiro.
A FDE indica ainda que aumentou de 11% para 26% o número de adolescentes que não gostam de usar a camisinha ou que acham que ela atrapalha na hora da transa.
Os que esquecem o preservativo também são em maior número –22% em 93, contra 8% em 92.
Uma das maiores pesquisas realizadas sobre sexo na Grã-Bretanha indica que a nova geração usa mais camisinha.
O estudo foi publicado originariamente no jornal "The Independent". Foram entrevistadas 18.876 pessoas com idades entre 16 e 59 anos.
A pesquisa constatou que entre os anos 60 e 70, o uso de preservativos se manteve notadamente estável –entre 30% e 40% daqueles que perderam sua virgindade naquelas décadas contam que usaram camisinha na primeira transa.
A partir da década de 80, o uso cresceu significativamente. Entre aqueles que perderam a virgindade quando a pesquisa foi realizada –1990 e 1991–, cerca de 60% adotaram o uso do preservativo.
O dado sugere que a educação do público sobre a Aids e seus riscos obteve sucesso em mudar comportamentos.
Em 89, quatro acadêmicos diferentes –um médico, um estatístico, um sociólogo e um especialista em pesquisas– começaram a trabalhar nesse estudo.
A equipe queria perguntar às pessoas sobre sua quantidade de parceiros, o uso de contraceptivos (principalmente a camisinha) e outras atitudes relacionadas com a atividade sexual.
O objetivo era descobrir a rapidez e a distância em que a Aids poderia se alastrar no país e qual a melhor forma para limitar esse efeito.

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