São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 1994 |
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Justiça nega habeas corpus a tripulantes de navio do Caribe
MÔNICA SANTANNA
O juiz federal Amaury Chaves de Athayde negou o pedido de habeas corpus em favor dos seis acusados. Eles ficam presos na sede da superintendência da PF. O advogado dos acusados, Wilson Ballão, disse ontem que entraria com novo pedido. Ballão afirmou que a PF de Paranaguá cometeu um "erro" ao não levar em conta uma declaração da Polícia Federal do Rio de Janeiro. A declaração, segundo o advogado, diz que os clandestinos Hichan Albuhtiui e Abdurahman Alnacha teriam se "autolesionado" com gilete. Os clandestinos são de nacionalidade marroquina. "Um dos clandestinos levou 22 pontos", afirmou o advogado. O agente Sidnei Bueno Silva, da PF, afirmou que a declaração da polícia do Rio consta no inquérito. "A PF só poderia obrigar o desembarque dos clandestinos se o armador se recusasse a pagar a viagem de retorno dos mesmos", afirmou o agente. Segundo Silva, a equipe que esteve a bordo do navio constatou que os clandestinos estariam com hematomas pelo corpo. Albuhtiui e Alnacha estão hospedados num hotel em Paranaguá (100 km a leste de Curitiba) sob vigilância da Polícia Federal. Eles afirmam que foram torturados por parte da tripulação do navio porque são muçulmanos. Texto Anterior: A escola de aumentos Próximo Texto: "Guerra" de fogos fere 84 no interir da Bahia Índice |
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