São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 1994
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Empresas querem voltar aos aeroportos centrais

DA SUCURSAL DO RIO

A Vasp e a Transbrasil querem voltar a operar em aeroportos centrais do país, como Congonhas, em São Paulo; Santos Dummont, no Rio e Pampulha, em Belo Horizonte.
Em Congonhas e no Santos Dumont, as empresas hoje têm somente os vôos da Ponte Aérea, que liga São Paulo ao Rio
A sugestão foi apresentada ontem à diretoria do DAC (Departamento de Aviação Civil), que se reuniu com presidentes e diretores da Varig, Transbrasil e Vasp.
O objetivo das empresas é começar a voar no sistema VDC (Vôos Diretos ao Centro), operados por regionais.
Pelo menos uma das empresas, a Vasp, pleiteia revisão da concessão das regionais, retirando-as de trechos já operados pelas nacionais.
A Varig, na reunião, não demonstrou os mesmos interesses. Ela é proprietária da empresa regional Rio-Sul, com 97% do controle acionário.
Dados da Transbrasil demonstram que as empresas nacionais teriam perdido US$ 186 milhões com a transferência de receita para as regionais, de 1989 a 1993.
No período, a quantidade de passageiros transportados pelas nacionais diminuiu 35% em vôos ligando Congonhas a Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Rio, e desta cidade para São Paulo.
Conforme levantamento do DAC, as empresas regionais são responsáveis por 10% da oferta de assentos no transporte aéreo do país.
As empresas foram chamadas pelo departamento para discutir rumos para o setor. Em 1994, de janeiro a 15 de junho, o fluxo de passageiros em vôos domésticos caiu 5,8%, comparado ao mesmo perído em 1993.
O DAC vai se reunir com as empresas aéreas regionais amanhã. No dia 27 de maio, o departamento editou norma defendendo a "deflação (redução) da oferta nas linhas domésticas".
Segundo o presidente do SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas) e da Varig, Rubel Thomas, a redução não foi decidida.

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