São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 1994
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PIB cresce 5,7% no 1º trimestre, diz IBGE

DA SUCURSAL DO RIO

O IBGE informou ontem que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 5,7%, na comparação do primeiro trimestre deste ano com o primeiro trimestre do ano passado.
O coordenador do IBGE, Almir Cronemberger, disse que a indústria metal-mecânica liderou o crescimento.
O aumento da produção foi impulsionado pela manutenção do quadro econômico de 1993, que apresentou crescimento da massa salarial, estagnação do emprego e intensificação do processo inflacionário, segundo Cronemberger.
"Isto favorece a demanda por bens duráveis, ao induzir a procura por ativos reais", disse Cronemberger.
Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o último trimestre de 93, o PIB brasileiro cresceu 4,1%.
A média de crescimento dos quatro trimestres anteriores atingiu 5,34%, no acumulado do trimestre.
A indústria de transformação registrou taxa de crescimento de 7,6% em relação ao primeiro trimestre de 93 e de 4,6% na comparação com o último trimestre do ano passado.
O setor lavouras teve taxas de crescimento de 11%, no primeiro trimestre, e de 19,3%, na comparação com o último trimestre do ano passado.
O IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrou crescimento das safras de feijão (33,9%), mandioca (11,2%), arroz (11,0%), cana-de-açúcar (10,5%), soja (8,5%) e milho (6,8%).
Cronemberger disse que "a agricultura, após um ano de desempenho medíocre, fornece agora impulso adicional ao processo, à medida que se realizam as previsões da safra recorde anunciada para este ano".
Cronemberger disse que a expansão do PIB neste primeiro trimestre eleva a 5,3% a taxa acumulada em quatro trimestres, 0,4% acima da taxa obtida até o final do ano passado.
Ele afirmou que o crescimento da agropecuária (8,49%) permitiu que todos os setores da economia registrassem crescimento no primeiro trimestre.
"A indústria de transformação (9,8%), o comércio (6,8%), o setor de comunicações (11,9%) e o de transportes (4,5%) dão conta de 84% do crescimento global alcançado", disse Cronemberger.

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