São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 1994
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Congressistas querem mínimo de US$ 100

Comissão pode modificar projeto para aumentar valor

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O projeto de lei do governo que eleva o salário mínimo para US$ 70 (ou R$ 70,00) a partir de setembro poderá ser modificado pelo parlamentares. O projeto foi enviado ontem ao Congresso.
A Comissão do Trabalho da Câmara quer alterar o projeto por meio de um substitutivo que elevará o mínimo para US$ 100. A proposta é do deputado Paulo Paim (PT-RS), coordenador da subcomissão de salários.
O presidente do Congresso, senador Humberto Lucena (PMDB-PB), disse que o aumento proposto pelo governo "não significa absolutamente nada".
O presidente da Comissão do Trabalho da Câmara, deputado Paulo Rocha (PT-PA), considerou a proposta "uma brincadeira".
O aumento para US$ 70 "é insignificante", na opinião do líder do PMDB na Câmara, deputado Tarcísio Delgado (MG).
O presidente da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PFL-PE), achou "muito baixo" o aumento, mas disse que "a necessidade de ajuste" justifica a proposta.
Para o deputado José Abrão (PSDB-SP), o aumento para US$ 70 não poderia acontecer antes de setembro, pois o plano Real "precisa de pelo menos 60 dias sem oscilações, para evitar nova aceleração inflacionária".
O líder do PFL no Senado, Marco Maciel (PE), disse que o aumento para US$ 70 é "o possível". O líder do PDT na Câmara, deputado Luiz Salomão (RJ), disse que a Previdência só não suporta o aumento para US$ 100,00 por causa da sonegação.
Para o vice-líder do PMDB na Câmara, deputado Germano Rigotto (RS), aprovar substitutivo elevando o mínimo para US$ 100 seria "vender ilusão ao trabalhador" pois o aumento seria vetado pelo presidente Itamar Franco.

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