São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 1994 |
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Correio investe em serviços interativos
MARINA MORAES
Se comparado com o serviço de muitos outros países, o U.S. Postal Service é bem eficiente, mas a burocracia ainda é gigantesca e ouvem-se com frequência histórias de demora e extravios de correspondência. Sob o risco de perder espaço para serviços concorrentes, especialmente no atendimento a empresas, o Correio norte-americano decidiu mergulhar de cabeça no universo interativo. A medida veio em boa hora, já que a tendência é o uso cada vez mais rotineiro de meios de comunicação que dispensam o papel, seja a correspondência eletrônica, seja o fax via computador. O Correio está participando de uma série de experiências arrojadas, desde a venda de selos pela TV interativa até entrega imediata de mercadorias adquiridas pelo sistema de "home shopping" (a compra pela televisão). O serviço está trabalhando também em projetos para garantir o sigilo na correspondência eletrônica, que o Correio pretende oferecer em breve. Além disso, o U.S. Postal Service quer pegar carona na famosa superhighway de informação e pretende oferecer ao público um acesso a ela através de suas 40 mil agências no país. A TV interativa do Correio será instalada na Full Service Network, o canal a cabo da Time Warner sediado em Orlando, na Flórida. Até outubro, o Correio virtual estará no ar vendendo selos e despachando cartas e pacotes que serão entregues pela agência mais próxima no dia seguinte ao de sua requisição. Tentando resgatar um serviço há muito perdido para competidores como a UPS e outras empresas de entrega imediata, o Correio estará testando um sistema ultra-rápido de entrega de mercadorias encomendadas por "home shopping". Para isso, comerciantes locais enviariam seus produtos para um armazém central, onde o correio iria buscar e faria a distribuição ao público. A idéia é montar um serviço nacional de entrega mais rápido e mais barato do que os usados atualmente pelos consumidores. O U.S. Postal Service está investindo em pesquisa. O órgão é um dos patrocinadores que desembolsaram US$ 75 mil para o projeto "Electronic Access", uma pesquisa ambiciosa na área de comunicações. O estudo, que vai durar cerca de seis meses, pretende determinar exatamente o que os consumidores esperam da mídia interativa, que tipo de serviços, quais os meios, quanto pretendem pagar por isso. Os outros patrocinadores do projeto são a companhia telefônica Bell South Corp., a Fidelity Investiments, a Prudential Securities e a US West. Texto Anterior: CANAL ABERTO Próximo Texto: Itautec tem micros com tecnologia Texas Índice |
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