São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
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Brizola promete dobrar o salário mínimo, que chegaria a US$ 140

FERNANDO MOLICA
DA SUCURSAL DO RIO

O candidato do PDT à Presidência, Leonel Brizola, 72, disse que em seu eventual governo irá dobrar o valor do salário mínimo que vier a ser deixado pelo presidente Itamar Franco.
Para o candidato do PDT não haveria problemas em, logo no início do seu governo, elevar o mínimo para US$ 140 (Itamar fixou o novo mínimo para o equivalente a US$ 70 a partir de setembro).
Brizola disse não confiar nos cálculos que apontam para uma quebra da Previdência caso o mínimo chegue a US$ 100.
A meta para seu eventual governo não foi cumprida por ele no Rio (Brizola governou o Estado até o final de março). O governador Nilo Batista disse que o piso do funcionalismo é de cerca de US$ 80.
Brizola condenou o fato de o novo mínimo ser pago em outubro, às vésperas das eleições.
Ele disse que poderá recorrer à Justiça Eleitoral contra um eventual benefício do aumento para a candidatura de Fernando Henrique Cardoso, ex-ministro da Fazenda.
Ele afirmou que a proposta de dobrar o valor do mínimo é inspirada em medida semelhante proposta em 1954 pelo então ministro do Trabalho, João Goulart.
A proposta de Goulart gerou uma série de pressões que culminaram com sua saída do cargo.
Brizola disse que não aceitaria o apoio do senador José Sarney (PMDB-AP), que chamou de "paquiderme da política brasileira".
Segundo ele, Sarney mereceu "as pedradas que levou na praça 15" –referência ao apedrejamento da comitiva de Sarney no Rio quando este exercia a Presidência.

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