São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994 |
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Brizola promete dobrar o salário mínimo, que chegaria a US$ 140
FERNANDO MOLICA
Para o candidato do PDT não haveria problemas em, logo no início do seu governo, elevar o mínimo para US$ 140 (Itamar fixou o novo mínimo para o equivalente a US$ 70 a partir de setembro). Brizola disse não confiar nos cálculos que apontam para uma quebra da Previdência caso o mínimo chegue a US$ 100. A meta para seu eventual governo não foi cumprida por ele no Rio (Brizola governou o Estado até o final de março). O governador Nilo Batista disse que o piso do funcionalismo é de cerca de US$ 80. Brizola condenou o fato de o novo mínimo ser pago em outubro, às vésperas das eleições. Ele disse que poderá recorrer à Justiça Eleitoral contra um eventual benefício do aumento para a candidatura de Fernando Henrique Cardoso, ex-ministro da Fazenda. Ele afirmou que a proposta de dobrar o valor do mínimo é inspirada em medida semelhante proposta em 1954 pelo então ministro do Trabalho, João Goulart. A proposta de Goulart gerou uma série de pressões que culminaram com sua saída do cargo. Brizola disse que não aceitaria o apoio do senador José Sarney (PMDB-AP), que chamou de "paquiderme da política brasileira". Segundo ele, Sarney mereceu "as pedradas que levou na praça 15" –referência ao apedrejamento da comitiva de Sarney no Rio quando este exercia a Presidência. Texto Anterior: Amin propõe criação de guarda nacional para combater violência Próximo Texto: PT pede impeachment de Itamar Franco Índice |
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