São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
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Amin propõe criação de guarda nacional para combater violência

DA SUCURSAL DO RIO

O candidato do PPR à Presidência da República, Esperidião Amin, disse ontem que incluirá em seu programa de governo a criação de uma guarda nacional –formada por militares– para combater a violência nos Estados.
Segundo o candidato, a guarda seria uma alternativa à ação do Exército. "Botar o Exército para cuidar da segurança não é difícil, o difícil é tirar", afirmou.
"Se sair, quem é que fica no lugar?", emendou. Segundo ele, a intervenção da guarda nacional seria mais adequada. "Não é estranha à sua função principal".
A guarda, em estudo por juristas ligados ao partido, também agiria em casos de catástrofes e seria subordinada ao EMFA (Estado Maior das Forças Armadas) ou ao Ministério da Justiça.
Amin passou o dia no Rio e fez campanha na zona norte da cidade. Ele admitiu reduzir o número de pessoas nas Forças Armadas, modernizando as corporações.
Durante entrevista, Amin disse que é eleitoreiro o "calendário de adoção do real". Para ele, o real vai aparentar ser forte "até outubro ou novembro".
O candidato disse que a nova moeda "será sustentada artificialmente, porque o governo não resolveu seus problemas estruturais". Ele afirmou que o sucesso do real depende da realização de uma revisão constitucional.
Amin declarou que o PPR é um partido de centro e que o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, "é apoiado por setores fortemente fascistas". "E, pelo que eu sei, fascista é de direita", concluiu.

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