São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
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Master AM x Sênior Pro

CARLOS SARLI

Aruba é uma ilha no Mar do Caribe próxima à costa da Venezuela com pouco menos de 200 quilômetros quadrados de área. Um bom velejador de windsurfe, com condições favoráveis, faz a volta ao seu redor em menos de quatro horas.
Colonizada pelos holandeses, herdou a cultura, a moeda (o florin) –embora o dólar role solto– e parte da língua, o papiamento, que é basicamente uma mistura do holandês com o espanhol.
Com aproximadamente 50 mil habitantes, Aruba tem uma população flutuante –mar não falta para isso– de quase um milhão de turistas por ano. Seu maior atrativo para esta invasão são os enormes cassinos. Mas o mar caribenho e o verão de 365 dias por ano obrigam os mais viciados em pôquer, roleta ou caça-níquel a, no mínimo, um banho de sol. Melhor ainda pode ser um mergulho, um passeio de barco ou a prática do windsurfe, já que a ilha conta com um dos maiores índices de vento do mundo.
Sua posição geográfica próxima à linha do Equador, onde o movimento de rotação da Terra é mais sensível, combinada com o vento leste constante na região, faz de Aruba um paraíso para os velejadores. Esses fatores garantem que a ilha promova uma etapa do Circuito Pro/Am Mundial de Windsurfe da PBA (Professional Boarding Association), nas modalidades "slalom", "course slalom" e "long distance".
No último dia 19 terminou na praia de "Fisherman's Huts" mais uma etapa do circuito 94. Os brasileiros não compareceram em peso, aguardando pela primeira vez a realização de uma etapa mundial em águas brasileiras, prevista para setembro em Fortaleza (CE).
Os brasileiros melhores colocados no PBA de Aruba foram Marquinhos Leite, 1º lugar na "slalom master armador", Klécio e Kleber, a dupla K & K, em 1º e 2º respectivamente na "slalom super master amador".
Parece estranho falar em "melhor colocado" quando tivemos vencedores em duas categorias, mas a forma como elas são divididas justifica a afirmação. Na "senior", a principal entre os amadores e que classifica os dez melhores para competir na profissional, nosso melhor resultado foi a 20ª colocação do paulistano Marco Long em que pese uma forte gripe que teve durante a competição.
No profissional, a "master" e a "super master" nem existem e nenhum brasileiro chegou a competir nessa divisão.
Windsurfe no Brasil não é novidade. São quase 20 anos de altos e baixos.
Atualmente, o esporte vive um momento positivo mas, pelos resultados, percebe-se que ainda existe um longo caminho pela frente. A realização de um mundial por aqui pode dar um novo gás ao esporte.

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