São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
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Revista revolucionou design dos anos 50

DA REPORTAGEM LOCAL

Exposição: Design Editorial no Brasil: Revista Senhor
Curadora: Fernanda Sarmento
Onde: Museu da Imagem e do Som de São Paulo (av. Europa, 158, Jardins, tel. 011/280-0896)
Quando: abertura hoje, às 20h, com uma palestra; até dia 17 de julho, de terça à domingo, das 14h às 22h

O projeto gráfico da revista "Senhor", publicada entre 1959 e 1964, é o tema de uma exposição que começa hoje com uma palestra no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo.
A mostra chama-se "Design Editorial no Brasil: Revista Senhor" e faz parte de um projeto permanente do MIS, "Gráficos Brasileiros".
Foi preparada pela artista gráfica Fernanda Sarmento, que organizou em dezembro do ano passado a exposição "Revistas Italianas do Século 20".
A "Senhor" teve 60 números publicados em sua primeira fase. O primeiro editor e redator-chefe foi Nahum Sirotsky. Carlos Scliar era o diretor de arte.
Paulo Francis e Luiz Lobo também faziam parte da redação de "Senhor", que tinha entre seus colaboradores Michel Burton, Newton Rodrigues, Jaguar, Bea Feitler e Reynaldo Jardim.
Scliar, Lobo e Sirotsky estarão presentes em um debate hoje, às 20h, para falar da revista.
Quando foi criada, "Senhor" custava três vezes mais do que as outras revistas da época.
A publicação tinha um formato pouco usual (23,5 x 32 cm) e uma diagramação particular, inspirada na linguagem do cinema.
A tiragem atingiu 40 mil exemplares, com 30 mil assinantes.
"Senhor" publicou textos de grandes escritores, entre eles Clarice Lispector e Jorge Amado. O romance "Quincas Berro d'Água", de Amado, foi publicado em fascículos. Textos do russo Leon Tolstoi e do norte-americano Hemingway foram traduzidos especialmente para a revista.
Segundo Sarmento, a revista foi uma das mais inovadoras publicações da época, em termos de design editorial. A concepção gráfica de Scliar recebeu na Grã-Bretanha um prêmio, como melhor publicação editorial estrangeira.

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