São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Borelli mostra seu 'Teatro Coreográfico'

SYLVIA COLOMBO
DA REDAÇÃO

Espetáculo: Teatro Coreográfico, composto por dois trabalhos: Jardin de L'Enfant (hoje, amanhã e dias 9 e 10 de julho) e Cão Vadio (dias 2, 3, 6 e 7 de julho)
Direção: Sandro Borelli
Coreografia: Sandro Borelli
Com: Sandro Borelli, Laís Galvão, Sônia Soares, Raimundo Costa, Christina Beluomini, Pedro Pires, Ricardo Freire, Sílvia Geraldi e Nivaldo Alves
Trilha: Jether Garotti
Onde: Centro Cultural São Paulo - Sala Jardel Filho (r. Vergueiro, 1.000, tel. 011/278-9787)
Quando: Quarta a sábado às 21h30, domingo às 20h30. Até 10 de julho
Quanto: CR$ 5.000
Duração: 1h10

Reestréia hoje no Centro Cultural São Paulo o "Teatro Coreográfico", do coreógrafo e bailarino Sandro Borelli. O espetáculo é composto por dois trabalhos: "Jardin de L'Enfant" e "Cão Vadio".
O "Teatro Coreográfico" é uma mistura de dança e espetáculo cênico. "Além do gesto coreografado, o importante é que há uma história", diz Sandro Borelli.
"Jardin de L'Enfant", texto de Berthold Brecht, aborda o universo infantil de um menino abandonado. Questões como a violência são exploradas a partir de muito movimento.
O personagem da criança é interpretado por vários bailarinos, alternadamente. "Isso permite liberdade de interpretação tanto para os artistas como para o público", diz a bailarina Laís Galvão.
"Jardin de L' Énfant" foi eleito o melhor roteiro coreográfico pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), em 1993.
A segunda história, "Cão Vadio", é formada por várias esquetes sobre um tema: o abandono.
Em "Cão Vadio", Borelli interpreta "Dançando pela Vida", poema de Mário Rudolf, um militante na luta contra a Aids.
"Quero passar sensações fortes, impressões rígidas sobre meus sentimentos", diz Borelli.
Esta energia passada pela dança é acompanhada pela trilha sonora, que inclui Tchaikovsky, Bach, Commedian Harmonists e Stravinsky, entre ourtos compositores.
Segundo Laís Galvão, o "Teatro Coregráfico" traz mais gratificação para o bailarino. "É muito diferente fazer uma apresentação em que você apenas dança, depois vai para casa. Aqui me sinto passando uma mensagem", diz ela.
O espetáculo tem um texto. "Os bailarinos são considerados, em primeiro lugar, intérpretes", completa Galvão. "Meu teatro quer fugir de rótulos, quero pegar o público pela emoção e pelo humor", diz Borelli.
"Jardin de L' Enfant" e "Cão Vadio" se alternam nos dois primeiros finais de semana de julho na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo.

Texto Anterior: FMs dos EUA pirateiam novo LP dos Stones
Próximo Texto: Quarteto de Berlim mostra personalidade e técnica
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.