São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994 |
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Caldera nega 'fujimorização' e defende realização de plebiscito
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O presidente da Venezuela, Rafael Caldera, negou ontem a possibilidade de golpe no país e disse que não vai governar com poderes absolutos como o presidente do Peru, Alberto Fujimori.O governo venezuelano anunciou na segunda-feira um pacote de medidas que incluem controle de preços, congelamento do câmbio e suspensão das garantias constitucionais individuais e econômicas. Rafael Caldera afirmou que a suspensão das garantias visa assegurar a ação policial contra a especulação, e não reprimir "protestos políticos legítimos". O presidente afirmou que as medidas foram motivadas pelo colapso dos serviços públicos e pelo déficit fiscal estimado em 10% do PIB (Produto Interno Bruto). Ele citou também o problema da diminuição das reservas cambiais do país, graças a US$ 4,3 bilhões fornecidos como ajuda financeira a nove bancos. Caldera disse que não há possibilidade de golpe militar: "Tenho convicção de que as Forças Armadas respaldam seu comandante". Ele afirmou também que aceitaria deixar o governo caso isso seja decidido em plebiscito a ser proposto na reforma constitucional. "Se em algum momento o povo manifestar a vontade de que eu não continue no poder, estou disposto a submeter-me à vontade do povo", disse Caldera. A reforma deve ser votada em breve pelo Congresso da Venezuela. Uma pesquisa realizada recentemente indica que 54% dos venezuelanos desaprovam o governo. Após a posse, em fevereiro, a taxa de aprovação era de 85%. Texto Anterior: AIEA diz que Coréia do Norte falseia dados; Eurotúnel adia estréia de trens de passageiros; Berlusconi quer trocar cúpula da TV estatal; Hong Kong rejeita reformas eleitorais; Continua embargo da Grécia à Macedônia; ONU diz que trégua na Bósnia está ameaçada Próximo Texto: Polícia interroga um suspeito por gás tóxico Índice |
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