São Paulo, sexta-feira, 1 de julho de 1994 |
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PT e ACM acertam trégua para viagem à Bahia
JOSIAS DE SOUZA ; LUCIO VAZ
O pacto foi proposto ao deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), filho de ACM. Em troca, Lula não participaria de comício com o candidato do PSDB ao governo baiano, Jutahy Magalhães Júnior. Jutahy é, no momento, o principal adversário político de ACM na Bahia. Em telefonema ao pai, Luís Eduardo disse, na última quarta-feira, ter sido procurado pelo deputado petista Jaques Wagner (BA), identificado como portador da proposta de trégua. Dias antes, Luís Eduardo havia relatado ao pai conversa que teve com o deputado Aloizio Mercadante (PT-SP), na Câmara. Segundo o seu relato, Mercadante disse que o PT não tinha qualquer interesse em patrocinar confrontos de rua entre militantes. ACM autorizou o filho a dizer que, de sua parte, não haverá hostilidade. Lula fará caminhada pelas ruas de Salvador, aproveitando as festas de 2 de julho. Informado sobre a intenção do candidato do PT há um mês, ACM organizou uma caminhada com horário e itinerário idênticos. Ouvido pela Folha, Aloizio Mercadante disse que conversou com Luís Eduardo, em encontro casual, há cerca de dez dias. Mas negou ter proposto acordo. "Apenas afirmei que não queríamos confronto. Foi só", disse. Na noite de quarta-feira, Luís Eduardo divertia-se, em rodas de parlamentares, com a proposta que diz ter recebido do PT. Segundo narrou, o PT teria informado o motivo pelo qual quer evitar brigas com ACM. Pesquisas feitas na Bahia indicariam que 75% dos eleitores baianos de Lula votarão em ACM para o Senado. A Folha não conseguiu localizar o deputado Jaques Wagner ontem. Texto Anterior: Bisol vai manter emendas que o beneficiam Próximo Texto: "Valores morais" Índice |
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