São Paulo, segunda-feira, 4 de julho de 1994 |
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Parreira quer time mais veloz
MÁRIO MAGALHÃES
Ele prepara outra mudança para o segundo tempo: a entrada do lateral-esquerdo Branco no lugar do meia Zinho –com a passagem do lateral Leonardo para o meio-campo. Seu objetivo: dar mais velocidade ainda à equipe. "Eu tinha que aproveitar a excelente fase técnica de Mazinho", afirmou o técnico. "Com Mazinho espero mais toque de bola, ataques mais eficientes pelos lados do campo –ele já foi lateral– e mais força na chegada ao ataque." Parreira espera o adversário retrancado (com esquema exageradamente defensivo). "Ninguém na Copa do Mundo jogará tão na retranca como os americanos." O técnico acredita que o Brasil pode golear. "Se eles saírem mais, isso é bem possível. Mas os americanos mais abertos é sonho. Vamos ter que sonhar pra caramba. Bota sonho nisso." O coordenador Mário Lobo Zagalo estimou em 1% as chances de os EUA eliminarem o Brasil. Embora afirme que Raí ainda pode voltar à equipe, Parreira disse que não mudou o time só para a partida de hoje. "Estou pensando nos quatro jogos que faltam para sermos campeões." Parreira disse que começou a pensar na entrada de Mazinho depois da terça-feira passada, quando o jogador entrou no lugar do meia defensivo Mauro Silva no segundo tempo do empate com a Suécia em 1 a 1. "Tinha que haver um lugar para ele no time." Na sexta-feira, Parreira disse depois do treino que estava inclinado a escalar Mazinho no lugar de Mauro Silva. "É minha única dúvida. Contra adversários defensivos Mauro fica sem função." Ontem ele afirmou que manteve Mauro para não mexer na estrutura tática. A seleção brasileira atua com dois volantes (meias com função principal defensiva), Mauro Silva e Dunga. Parreira acha que a seleção ficará mais ofensiva com Mazinho. A única vez em que o jogador atuou com a mesma função de Raí foi no primeiro tempo do último amistoso antes da Copa do Mundo, contra a seleção de El Salvador. O técnico disse que decidiu a mudança influenciado pelo desempenho de Mazinho pelo Palmeiras, na goleada de 6 a 1, em março, contra o Boca Juniors da Argentina. Naquela partida, o clube brasileiro estruturou o meio-campo como Parreira escalou a seleção hoje. Havia dois volantes, um meia-direita (Mazinho) e um meia-esquerda (Zinho). Na terça-feira, o atacante Romário elogou Mazinho. "Com ele, a bola chega mais aos atacantes." O técnico deve substituir Zinho por Branco hoje no segundo tempo. Com Leonardo no meio-campo, a equipe ficaria, na opinião do treinador, mais veloz. "Zinho tenta o drible; Leonardo passa de primeira, acelerando a jogada." Dunga capitão Parreira escolheu Dunga para substituir Raí como capitão porque considera o volante um líder, um dos jogadores que mais grita em campo. "Ser capitão é um grande prazer, mas não penso na individualidade", disse Dunga. "Sendo capitão ou não, é preciso ter o mesmo comportamento em campo." Texto Anterior: Suécia vence o calor e a Arábia Saudita Próximo Texto: Branco acha que pode entrar no 2º tempo Índice |
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