São Paulo, segunda-feira, 4 de julho de 1994
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Independência (ou morte) é hoje

MARCELO FROMER; NANDO REIS
ESPECIAL PARA A FOLHA

É verdade que estamos todos um pouco desconfiados, apesar do nosso franco favoritismo perante o esforçado selecionado dos Estados Unidos.
Também pudera, o nosso técnico é o único que não se apercebeu de que este time dos "sonhos", nada mais tem sido que um grande pesadelo para nós brasileiros.
A conformação das chaves para esta Copa do Mundo tem-nos sido extremamente favorável.
E ao que tudo indica assim será até o fim, onde então os prognósticos darão lugar ao imprevisível, e provavelmente nós estaremos lá disputando a unhas e dentes o tão esperado tetra.
E nós, talvez a expressão máxima do pessimismo desde que esta dupla de retrógrados assumiu o comando da seleção, não vemos outra saída senão a de torcer.
Sim, porque o nível de inflexibilidade atingido por Parreira atingiu as raias da loucura. Nem sequer os jogadores por ele convocados lhe servem para coisa alguma.
É a teimosia que reina absoluta. Para aqueles que, como nós, esperavam que o Brasil nada mais fosse que a pura expressão do futebol que aqui jogamos, é chegada a hora de deixar o orgulho de lado.
É preciso mostrar para os norte-americanos que pelo menos em uma coisa nós somos melhores que eles. No trato com a bola.
Hoje é o 4 de Julho, dia da independência para eles. Para nós, o dia da independência ou morte.

Marcelo Fromer e Nando Reis são integrantes da banda Titãs. Sua coluna na Copa sai aos sábados, domingos e segundas.

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